Samarco discute demissão de 600 funcionários
O rompimento da barragem em Mariana (MG) completou dois anos e não há previsão de retorno das operações da companhia

A mineradora Samarco se reúne nesta sexta-feira com sindicatos de trabalhadores para discutir a demissão de 600 empregados até o fim de dezembro, enquanto não há previsão quanto à data de retorno das operações, informou a companhia.
A Samarco, que tem como donas a Vale e a BHP Billiton, está com suas atividades paralisadas há dois anos, quando uma de suas barragens em Mariana (MG) se rompeu, causando o maior desastre socioambiental da história do Brasil.
A tragédia deixou, no rastro do mar de lama que se espalhou por 650 quilômetros entre Minas Gerais e Espírito Santo, 19 mortos e 300 famílias desalojadas, que hoje vivem na área urbana de Mariana.
Em outubro, empregados da Samarco aprovaram em assembleias a continuidade do regime de layoff por mais cinco meses. O regime de suspensão temporária do contrato de trabalho estava previsto para ir 1º de novembro deste ano até 31 de março de 2018.
Acordo de inclusão
O Ministério Público Federal e o Ministério Público de Minas Gerais firmaram um aditivo a um acordo fechado com a mineradora Samarco e suas sócias em janeiro, que busca uma maior inclusão dos atingidos pelo rompimento da barragem nas discussões referentes a reparações.
As discussões ocorrem como parte de um acordo, ainda sem previsão para ser fechado, que encerraria ações protocoladas na Justiça contra as empresas após a tragédia, uma delas pedindo indenização de 155 bilhões de reais.
O aditivo, entregue na noite de quinta-feira à Justiça, prevê a disponibilização de assessorias técnicas aos atingidos de toda a bacia do Rio Doce, bem como a realização de um diagnóstico dos danos socioeconômicos.
A partir da minuta, as empresas terão que contratar o Fundo Brasil de Direitos Humanos, que ficará responsável por dar assessoria aos atingidos e apoiar todas as ações necessárias à realização das audiências públicas a serem realizadas.
Além disso, as empresas também deverão contratar a Fundação Getulio Vargas (FGV), que ficará responsável por avaliar e mensurar todos os danos socioeconômicos ao longo da bacia do Rio Doce.
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo de VEJA. Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app (celular/tablet).
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
MELHOR
OFERTA
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet. Edições de Veja liberadas no App de maneira imediata.
30% de desconto
1 ano por R$ 82,80
(cada mês sai por R$ 6,90)