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Samaras governará Grécia com o apoio de socialistas e esquerda democrática

Por Por Catherine Boitard e Hélène Colliopoulou
20 jun 2012, 12h49

O conservador Antonis Samaras, líder do partido Nova Democracia, foi designado nesta quarta-feira como primeiro-ministro para formar um novo governo na Grécia, anunciou a presidência grega.

“Ordeno-lhe formar um governo e lhe desejo boa sorte, pois os problemas são numerosos e difíceis”, declarou o presidente grego, Carolos Papulias, depois de Samaras ter lhe informado que havia obtido apoio parlamentar dos partidos Pasok (socialista) e Dimar (esquerda democrática).

“Com a ajuda de Deus, vamos fazer de tudo para tirar o país da crise”, disse Samaras ao sair do Palácio Presidencial. “Vou pedir ao governo que trabalhe duro para dar uma esperança tangível ao povo grego”, completou.

Samaras, de 61 anos, dirige o Nova Democracia, que venceu as eleições legislativas de domingo passado sem obter a maioria absoluta e na segunda-feira começou a rodada de negociações para formar um novo governo.

“Tenho a maioria parlamentar necessária para formar um governo de longa duração para garantir a estabilidade e a esperança” no país, declarou Samaras.

Uma hora antes, Evangelos Venizelos, líder do Pasok, havia revelado ao sair de uma reunião com Samaras o acordo político para formar um governo de coalizão, ansiosamente esperado pelos sócios europeus da Grécia.

Venizelos anunciou que o novo governo de coalizão conservador-socialista com apoio da esquerda democrática iria iniciar uma grande batalha na reunião de Bruxelas de 28 e 29 de junho para suavizar o plano de austeridade.

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“A Grécia tem governo” e a formação do gabinete estará terminada antes da noite, disse Venizelos, 55 anos, ex-ministro de Finanças, ao sair de um encontro com Samaras.

“Enviaremos esta mensagem amanhã ao Eurogrupo”, que deve examinar na quinta-feira a marcha a ser seguida pelo país, disse Venizelos, que anunciou uma grande batalha para obter a revisão do plano de austeridade firmado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Apesar do anúncio, a agência de classificação Fitch afirmou que a Grécia pode de fato deixar o euro, mesmo que a possibilidade de isso acontecer no curto prazo seja pequena.

Nos dias prévios às eleições de 17 de junho, os europeus teriam evocado a possibilidade de prolongar para até 2016 o prazo para que a Grécia obtenha um equilíbrio orçamentário.

O FMI, por sua vez, disse que estava disposto a retomar as negociações com a Grécia desde que Samaras anunciasse o novo governo. Contudo, o FMI e a UE querem antes estudar o atraso no plano de austeridade provocado pelas eleições de maio e junho.

A coalizão de conservadores e socialistas contará desta vez com o aval inestimável da pequena formação de esquerda Dimar, cujo presidente, Fotis Kuvelis, confirmou que seus 17 deputados votarão sem formar parte do governo.

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Venizelos confirmou que não formará parte do novo governo, no qual os ministros do Pasok não serão figuras de primeiro plano.

O atual presidente do Banco Nacional da Grécia (BNG), Vasilis Rapanos, pode ser o novo ministro de Finanças, disse ela à televisão pública.

Esse economista de 65 anos dirigiu o conselho de especialistas do Ministério da Economia e Finanças quando a Grécia entrou no euro, em 2001.

Os três partidos que apoiarão o governo de Samaras contam com 179 deputados sobre 300: 129 para Nova Democracia, 33 para o Pasok e 17 para Dimar.

Os três partidos estão unidos com o objetivo de manter a Grécia no euro e resistir ao avanço da esquerda radical de Syriza, que ficou em segundo lugar nas eleições de domingo passado mediante uma campanha baseada na rejeição ao acordo firmado com a UE.

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