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Salário sobe acima da inflação, mas reajuste é menor

Segundo Dieese, cerca de 70% das negociações realizadas no primeiro semestre tiveram aumentos reais; valor do aumento médio, no entanto, é o menor desde 2008

Por Da Redação
27 ago 2015, 12h42

A maior parte das negociações salariais feitas no primeiro semestre deste ano teve reajustes salariais acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O cálculo foi feito pelo Sistema de Acompanhamento de Salários e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (SAS-Dieese).

Apesar da forte crise econômica que acomete o país, aproximadamente 69% das negociações analisadas pelo instituto conquistaram aumentos reais entre janeiro a junho. Os reajustes se concentraram na faixa até 1% de ganho acima da inflação.

Os números, no entanto, apontam que houve uma diminuição na proporção dos reajustes com ganho real em relação ao observado nos últimos oito anos. O aumento real médio também caiu e registrou o menos valor desde 2008 (0,51%), quando começou a série histórica. “Esse valor reflete o cenário desfavorável, registrando o menor nível do período”, afirma José Silvestre, coordenador de Relações Sindicais do Dieese. De acordo com ele, o resultado se dá em função do aumento da inflação juntamente com a elevação do desemprego.

Já o porcentual de reajustes salariais iguais à inflação no período supera o verificado em 2009, que tinha atingido até então a maior marca nessa faixa, com pouco mais de 16%. Em relação aos reajustes abaixo da inflação, o porcentual de aproximadamente 15% é superior aos 11% verificados em 2008. “Quando somados, os acordos que não tiveram aumentos reais correspondem a 32% do painel com 302 unidades de negociação”, afirmam os técnicos do Dieese.

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As negociações contemplam três grandes setores: indústria, comércio e serviços. Ficaram de fora do levantamento a agricultura e o setor público por causa das diferentes formas de pagamento dos salários nestes dois segmentos. No entanto, o setor mais prejudicado no primeiro semestre foi o da indústria.

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Quando se compara os reajustes do primeiro semestre das 128 unidades de negociação do setor industrial com os conquistados pelas mesmas negociações em anos anteriores, verifica-se que 2015 foi o ano mais desfavorável. “A proporção dos reajustes com ganhos reais ficou no menor patamar dos últimos anos, em praticamente 61%”, afirma Silvestre.

De acordo com ele, aqueles setores que não repuseram as perdas inflacionárias correspondem a quase três vezes a proporção registrada nos anos de 2008 e 2013, os piores registrados até então. A queda no aumento médio na indústria em 2015 refletiu a piora da economia. O valor foi o mais baixo do período pesquisado, muito próximo a zero (0,19%).

(Com Estadão Conteúdo)

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