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Salário médio caiu para 3,1 mínimos em 2012, diz IBGE

Remuneração mensal do trabalhador ficou em R$ 1.943,16 no período

Por Da Redação
28 Maio 2014, 12h40

O país ganhou mais empresas, mais empresários e mais funcionários na passagem de 2011 para 2012. Mas o destaque foi o crescimento de 7,1% no total de salários e outras remunerações no período, segundo o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. No entanto, o salário médio mensal do trabalhador subiu apenas 2,1%, para o nível equivalente a 3,1 salários mínimos em 2012 (1.943,16 reais), abaixo dos 3,3 salários mínimos verificados em 2011 (1.903,76 reais).

Em 2012, o país tinha 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas. Elas ocuparam 53,4 milhões de pessoas, sendo 46,2 milhões (86,6%) de funcionários e 7,1 milhões (13,4%) de sócios ou proprietários. Em relação a 2011, houve um aumento de 1,3% no total de empresas e outras organizações ativas, graças à abertura de 66 mil companhias no período. Já o pessoal ocupado cresceu 2,3%, com mais 1,2 milhão de pessoas, entre sócios, proprietários e empregados.

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Governo – O governo é responsável pelo pagamento de quase 30% dos salários do país. Embora represente apenas 0,4% das organizações do cadastro, a administração pública absorveu 19,9% do pessoal ocupado assalariado e pagou 29,8% dos salários e outras remunerações em 2012. O governo também pagou os salários médios mensais mais elevados: 2.723,29, reais ante uma média de 1.842,09 reais das entidades sem fins lucrativos e 1.722,71 reais das entidades empresariais.

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As empresas, por sua vez, representavam 89,9% das organizações brasileiras em 2012, com 76,3% do pessoal ocupado total (que inclui sócios e proprietários), 73,4% dos empregados assalariados e 63,9% dos salários e outras remunerações pagos. Já as entidades sem fins lucrativos, 9,7% das organizações existentes, detinham 6,7% do pessoal ocupado assalariado e 6,3% dos salários pagos no ano.

Em relação ao porte, as grandes empresas ainda são responsáveis por mais da metade dos postos de trabalho no país. Apesar do predomínio das companhias de menor tamanho, as organizações com 250 pessoas ou mais respondiam por 53,7% do pessoal ocupado assalariado e 69,1% dos salários e outras remunerações.

Média mensal – O crescimento do total de salários e outras remunerações pagas no país chegou a 35,3% no período entre 2008 e 2012. Na passagem de 2011 para 2012, o aumento foi de 7,1%. Já o salário médio mensal registrou alta real de 2,1% em 2012. Em 2009, o avanço tinha sido de 4,7% ante 0,6% em 2010 e 2,4% em 2011. No acumulado de 2008 a 2012, o salário médio mensal cresceu 10,1%. Entre as vinte seções da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) Versão 2.0, doze tiveram aumentos reais acima da média, com destaque para as Indústrias extrativas (44,5%), Saúde humana e serviços sociais (21,3%) e Construção (20,5%).

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Os maiores salários foram pagos por Eletricidade e gás (5.968,28 reais), seguido por Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4.587,73 reais) e Indústrias extrativas (3.899,12 reais), atividades que responderam por somente 2,7% do pessoal ocupado assalariado. Por outro lado, os menores salários foram dos setores de Alojamento e alimentação (947,87 reais), Atividades administrativas e serviços complementares (1.170,11 reais) e Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (1.258,96 reais).

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Número de empregados – O comércio manteve a liderança pelo terceiro ano seguido na absorção de pessoal ocupado assalariado, segundo IBGE. A atividade “Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas” contava com 8,9 milhões de pessoas em 2012, 19,1% dos empregados assalariados do país. O setor deteve ainda o maior número de empresas (41,8% do total) e de pessoal ocupado total, que inclui sócios e proprietários (22,2%). No entanto, a folha de salários e outras remunerações detiveram apenas 12,1% do total pago no ano, atrás da folha da administração pública (23,7%) e das indústrias de transformação (19,1%).

Assalariados – As empresas e outras organizações formais instaladas no país criaram 7,8 milhões de postos de trabalho assalariado entre 2008 e 2012. O número de empregados saltou de 38,4 milhões para 46,2 milhões no período. Quase metade das novas vagas (49,4%) foi gerada em apenas três atividades: no Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (23,1%), na Construção (13,2%); e nas Atividades administrativas e serviços complementares (13,1%).

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Em relação à instrução, 82,3% do pessoal assalariado não tinha nível superior. No entanto, na passagem de 2011 para 2012, o pessoal assalariado com nível superior cresceu 6%, enquanto o pessoal assalariado sem nível superior cresceu 1,6%. Os trabalhadores com nível superior receberam, em média, 4.405,55 reais, 215% a mais do que os empregados sem curso superior, que tinham salário médio de 1.398,74 reais. Nas empresas, a participação dos assalariados sem nível superior recuou, mas se manteve expressiva ao passar de 90,7% em 2009 para 89,5% em 2012.

A administração pública teve o maior porcentual de empregados com nível superior, com aumento de 35,8% em 2009 para 41,3% em 2012. Nas entidades sem fins lucrativos, por sua vez, a fatia de trabalhadores com nível superior subiu de 25,9% para 27,3% na mesma base de comparação.

(com Estadão Conteúdo)

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