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Salão do Automóvel de Detroit de 2012 abre marcado pelo otimismo

Por Por Mira Oberman
8 jan 2012, 11h45

O Salão do Automóvel de Detroit abre nesta segunda-feira marcado pelo otimismo, em plena reativação das vendas de veículos nos Estados Unidos após anos de dolorosa reestruturação e de uma crise econômica seguida por graves problemas de abastecimento no ano passado.

Neste ano, o espírito dos fabricantes de automóveis é “otimista e muito competitivo”, constatou Michelle Krebs, analista do site especializado Edmunds.com.

Os três fabricantes de veículos de Detroit (norte) competirão nos próximos meses para manter, ou aumentar, seus recentes ganhos de participação de mercado, conquistados graças a uma renovação total de seus produtos.

Toyota e Honda tentarão ganhar o espaço perdido em 2011, ano em que sua produção permaneceu suspensa durante semanas e sua rede de armazenamento se viu seriamente perturbada pelo terremoto e posterior tsunami no Japão, assim como pelas inundações na Tailândia.

“O problema é que perderam de forma duradoura parte de seu mercado, porque a concorrência fez grandes progressos”, disse Jesse Toprak, analista do site especializado TrueCar.com. À medida que a disponibilidade de carros japoneses diminuía no ano passado, os “consumidores que teriam escolhido um Toyota ou um Honda acabaram por comprar outros carros e perceberam que eram tão bons ou inclusive melhores”.

As empresas coreanas Hyundai e Kia, que foram as mais beneficiadas pela crise, captaram os consumidores interessados em veículos mais econômicos e agora buscam manter seu crescimento.

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No mercado dos veículos de luxo, os fabricantes alemães querem continuar seu domínio. BMW e Mercedes conseguiram arrebatar da Lexus o título de marca de carros de luxo mais vendida nos Estados Unidos em 2011, beneficiando-se dos problemas de abastecimento da filial da Toyota.

O gigante alemão Volkswagen tenta, por sua vez, superar a Toyota, e, em segundo lugar, a General Motors (GM), para se tornar o número um mundial do setor.

De qualquer forma, espera-se que neste ano os fabricantes tirem proveito do mercado americano, onde mais de um veículo em cada cinco em circulação tem mais de dez anos, o que significa que 50 milhões de carros precisarão ser substituídos nos próximos anos.

Fabricantes e analistas esperam conquistar vendas de 13,5 a 14,5 milhões de veículos nos Estados Unidos neste ano, melhorando em relação aos 12,8 milhões vendidos em 2011 e aos 11,6 milhões em 2010.

São números, no entanto, muito mais baixos que os de 15 a 17 milhões de veículos vendidos todos os anos na década anterior à queda do setor automobilístico, em 2008, mas este crescimento moderado deve ser suficiente para que GM, Ford e Chrysler sigam registrando grandes lucros.

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“Este ritmo de crescimento é bom para o setor e para o país”, considerou na quarta-feira um dos responsáveis de vendas da GM, Don Johnson, ao anunciar uma alta de 13% das vendas dos fabricantes em relação ao ano anterior nos Estados Unidos.

“Isto dá à indústria a oportunidade de realmente institucionalizar a disciplina que nos permitiu prosperar em volumes mais baixos de venda”, destacou.

A GM, a número um americana, que entrou em falência em 2009 e se reestruturou graças a uma ajuda governamental de 60 bilhões de dólares, conseguiu arrecadar 7,1 bilhões de dólares nos nove primeiros meses de 2011, após registrar 4,7 bilhões em vendas em 2010.

A Chrysler, controlada pela fabricante italiana Fiat depois de sua saída da quebra em 2009, retomou seus lucros no terceiro trimestre de 2010, ganhando 211 milhões de dólares após três anos de perdas colossais.

A Ford, a única fabricante americana que não quebrou nem recebeu ajuda governamental, conseguiu somar dois trimestres de lucros, o que significa um total de 16 bilhões após uma enorme reestruturação.

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O Salão do Automóvel de Detroit, cujo nome oficial é Salão do Automóvel Internacional da América do Norte (NAIAS, em inglês), abre na segunda-feira suas portas para a imprensa e profissionais durante dois dias, e depois ao grande público, de 14 a 22 de janeiro.

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