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Roger Agnelli faz oferta por fatia em projeto na Guiné

Ex-presidente da Vale tenta nova empreitada na África ao lado de André Esteves, do BTG Pactual

Por Da Redação
7 nov 2012, 13h00

Uma empresa de mineração com a participação do ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, está entre os ofertantes para comprar a fatia da BHP Billiton no projeto Nimba, de minério de ferro, na Guiné, disseram fontes familiarizadas com o assunto nesta quarta-feira. Outros ofertantes pela fatia da joint venture que detém a concessão da mina Nimba incluem a maior siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal, que tem uma mina próxima, do outro lado da fronteira com a Libéria, disseram as fontes.

Negociador experiente, Agnelli está retornando para a África Ocidental com o bilionário banqueiro André Esteves. Dois anos atrás, à frente da Vale, Agnelli empurrou a mineradora para a Guiné, para uma controversa aquisição de participação em ativos de minério de ferro que incluíam blocos do depósito de Simandou confiscados da rival Rio Tinto pelo governo. Agnelli, de 53 anos, foi demitido da Vale no ano passado, depois de uma década no comando. Analistas disseram que seus planos para Vale multinacional não combinavam com a opinião do governo brasileiro, mais nacionalista.

Ele está retornando à mineração e à Guiné por meio da B&A Mineração, uma parceria entre a AGN Participações e o banco de investimento de Esteves, BTG Pactual, logo após a nova direção da Vale ter interrompido seus planos no país africano. A Vale suspendeu o projeto Simandou em meio a incertezas quanto à demanda e à necessidade de enxugar seu orçamento. O projeto Simandou perdeu prioridade na carteira de investimentos para Serra Sul, outro gigantesco projeto de ferro, localizado no Pará.

Uma das fontes disse que a Jonas Capital, uma empresa privada de investimentos que é parceira da Kumba Iron Ore, subsidiária da Anglo American na Libéria, também estava entre os pretendentes. “A venda (de Nimba) está em uma segunda fase agora. B&A, ArcelorMittal e outros pretendentes já visitaram o local na Guiné e Libéria, e fizeram propostas sem compromisso”, disse uma fonte com conhecimento da situação disse. “Ainda este mês, as empresas devem sair com ofertas vinculativas”.

A BHP tem atualmente uma participação de 40% no promissor depósito de Mount Nimba, junto com a mineradora de ouro Newmont. A fatia de um terceiro parceiro, a francesa Areva, está sendo comprada, o que vai deixar a BHP e a Newmont com uma fatia de 50% cada uma, afirmou uma das fontes.

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A BHP indicou no início deste ano que estava se retirando da Guiné, com os projetos lá e na vizinha Libéria sendo vítimas do foco da empresa em ativos mais relevantes. A BHP disse apenas que está revendo seus projetos na região, mas se recusou a comentar. ArcelorMittal, Areva e B&A Mineração também se recusaram a comentar. Newmont e Jonas Capital não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

Nimba, um projeto em estágio inicial, é um depósito promissor, mas, como a maioria na Guiné e em toda a região, terá de superar uma crônica falta de infraestrutura. Também enfrenta escrutínio ambiental, dada a sua proximidade a uma área do Patrimônio Mundial. “O comprador lógico é a ArcelorMittal”, disse outra fonte próxima da situação, citando a ferrovia existente e outras estruturas que a gigante do aço já possui na região. “Agnelli tem dinheiro para gastar … mas para um investidor financeiro, este não é o melhor ativo para começar.”

(Com Reuters)

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