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Risco de maquiagem de preço cresce na Black Friday 2016

Em 2015, essa prática representou 30% das queixas recebidas pelo Procon de São Paulo

Por Da redação
24 nov 2016, 12h03

Os órgãos de defesa do consumidor vêm alertando que, este ano, a atenção às promoções na Black Friday, a megaliquidação marcada para sexta-feira, deve ser redobrada. A avaliação é que, com a dificuldade de vendas enfrentada pelos varejistas, houve uma avalanche de promoções que começaram já no mês passado, o que torna mais frágeis as referências de preço dos produtos e abre mais espaço para maquiagem.

Na terça-feira, o site ReclameAqui já detectou alguns produtos que tiveram uma majoração de preços significativa antes da liquidação. O preço de um fogão de seis bocas, por exemplo, subiu 444 reais em um dia. Na Black Friday do ano passado, essa prática de maquiagem de preço, que consiste em aumentar para depois dar desconto, representou 30% das queixas recebidas pela Fundação Procon de São Paulo, diz a supervisora de Atendimento, Márcia Christina Oliveira.

Esse índice de maquiagem de preço foi muito alto no começo, quando a megaliquidação chegou a ser apelidada de “Black Fraude”. A prática da maquiagem de preço veio perdendo força ano a ano, mas agora, na sétima edição do evento, pode voltar a crescer, alerta Márcia.

Essa opinião é compartilhada pela economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim. “A maquiagem de preço ainda é uma preocupação”, ressalta. A publicidade enganosa de produtos que, na prática, não estão em promoção é, na avaliação da economista, o principal cuidado a ser tomado.

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Márcia aponta a crise atual da economia brasileira como um dos fatores que podem incentivar essa prática de maquiagem de preço. “Os lojistas querem tirar o atraso nas vendas e podem iludir o consumidor.”

Outro fator que embaralha o cenário e pode abrir espaço para maquiagem de preço é o fato de as campanhas sob a chancela Black Friday terem começado mais cedo. “Ao longo deste mês, já vimos várias campanhas anunciando preço que já são menores do que os da Black Friday e outras dizendo que já estavam com preços de Black Friday antes da data”, diz a supervisora do Procon-SP. Ela acredita que as campanhas antecipadas podem confundir o consumidor.

Saídas

A principal saída para evitar esse problema, segundo os órgãos de defesa do consumidor, é mesmo pesquisar preços. A recomendação ao consumidor é que ele próprio faça a sua pesquisa nas lojas físicas, nos sites das lojas virtuais ou em sites especializados em busca de preços.

Desde setembro, uma equipe de fiscais do Procon-SP já monitora uma lista de produtos, entre eletroeletrônicos, celulares e eletrodomésticos, nos sites das lojas virtuais dos principais varejistas para detectar falsas promoções. Nesta quinta e sexta-feira, os fiscais do órgão vão percorrer lojas de rua, shoppings, supermercados e hipermercados para detectar as fraudes.

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A Proteste, associação de consumidores, está acompanhando os preços de cerca de 100 produtos entre eletrodomésticos, eletrônicos e smartphones. Nesta sexta-feira, dia da megaliquidação, vai coletar os preços desses itens a partir das 7 horas da manhã e publicar as principais ofertas desses produtos em seu site e na sua página do Facebook.

Além do risco da maquiagem de preço, Márcia, do Procon-SP, alerta para o problemas de sites falsos. Ela recomenda que o consumidor nunca entre no site da loja por meio do link enviado por e-mail da promoção. “Existem muitas empresas fraudulentas”, diz.

A recomendação é verificar se a loja está na lista de não recomendadas no site do Procon-SP e se tem o selo de boa reputação dado pela Câmara de Comércio Eletrônico e pelo site ReclameAqui.

(Com Estadão Conteúdo)

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