Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Resultado eleitoral não atenua pressão sobre a Espanha

Por Da Redação
22 nov 2011, 16h25

Por Paul Day e Sonya Dowsett

MADRI (Reuters) – A eleição de um novo governo conservador não foi suficiente para atenuar a pressão dos mercados sobre a Espanha, e nesta terça-feira o Tesouro foi obrigado a pagar os maiores juros em 14 anos na venda de títulos públicos.

O leilão de papéis de curto prazo era visto como o primeiro teste para a capacidade do primeiro-ministro-eleito, Mariano Rajoy, de tranquilizar os investidores, depois de o seu Partido Popular (PP) conquistar no domingo a mais expressiva vitória eleitoral no país em 30 anos.

Mas o rendimento médio dos títulos com vencimento em três meses mais do que duplicou em um mês, passando de 2,3 por cento para 5 por cento. Os juros pagos no papel de seis meses também dispararam para mais de 5 por cento – em vez dos 3,3 por cento praticados em outubro.

A Espanha está agora no centro da crise do euro, que se agrava a cada dia, e o resultado do leilão aumentou os temores de contágio. As bolsas europeias registraram queda pelo quarto pregão consecutivo, e os juros nos papéis italianos de curto prazo também tiveram alta.

Continua após a publicidade

O fracasso do leilão também significa que Rajoy será mais pressionado a apresentar detalhes dos seus planos econômicos – algo que ele se recusou a fazer na noite de segunda-feira, para frustração dos mercados. O novo governo ainda levará quase um mês para tomar posse, por causa de prazos previstos na Constituição.

“Rajoy precisa se apressar com as medidas. O mercado não lhe dará muito tempo”, disse um influente executivo bancário espanhol, pedindo anonimato.

A agência de classificação de crédito Fitch disse que o futuro governo deveria apresentar já os termos gerais das medidas de austeridade que pretende implantar para cortar o déficit.

“Ele deve surpreender de forma positiva os investidores com um programa ambicioso e radical de reformas fiscais e estruturais”, disse a agência.

Continua após a publicidade

A plataforma eleitoral do PP era escassa em detalhes, e Rajoy preferiu durante a campanha salientar os erros do atual governo do Partido Socialista, que levou a maior surra eleitoral da sua história.

O desemprego em torno de 20 por cento – maior índice da zona do euro – contribuiu de forma decisiva para a vitória da oposição.

Mas, independentemente do que o governo fizer, analistas dizem que a crise na zona do euro já se tornou sistêmica, e que sua solução não cabe mais a países individuais.

Itália e Espanha – respectivamente a terceira e quarta maiores economias da união monetária – estão tendo de se financiar com juros próximos a 7 por cento, nível que levou Grécia e Portugal a pedir socorro internacional.

Continua após a publicidade

(Reportagem adicional de Paul Day e Judy MacInnes)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.