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Repsol acumula contratempos, mas conserva atratividade no mercado espanhol

Por Por Anna Cuenca
23 mar 2012, 13h48

A agência de classificação de crédito, Fitch, diminuiu nesta sexta-feira em um escalão, para BBB, a nota de longo prazo do grupo petroleiro Repsol YPF e outra província argentina retirou mais duas concessões de exploração da empresa. Ainda assim, a empresa continua atraente ao mercado por possuir um bom potencial de crescimento, dizem especialistas.

Segundo a Fitch, a redução resulta do anúncio feito em 21 de março pela direção da YPF, que é 57% propriedade da Repsol, de transformar em ações seus dividendos de 2011.

O grupo defende que, com esta decisão, os dividendos não sairão da Argentina, mas Buenos Aires a rejeitou por considerar que não garante um investimento maior.

“Devido aos recentes acontecimentos na Argentina e à pressão do governo sobre a YPF para que reinvista o fluxo de capital em operações no país no médio prazo, a Fitch decidiu desconsolidar a YPF do fluxo de capital e dívida da Repsol”, afirmou a agência ao explicar sua decisão.

O governo de Cristina Kirchner pede a Repsol YPF um incremento de seus investimentos para atenuar o impacto do forte aumento das importações de hidrocarbonetos no país, que em 2011 chegaram a 9 bilhões de dólares.

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Depois que três províncias petrolíferas argentinas reagiram a estas acusações retirando a concessão de seis áreas de exploração da Repsol, a Fitch advertiu na terça-feira sobre o risco de nacionalização da YPF. Nesta sexta-feira, também a província argentina de Mendoza (oeste) rescindiu o contrato de duas áreas de exploração da petroleira Repsol YPF, empresa hispano-argentina que acumula agora a perda de oito zonas em quatro distritos do país.

“Rescindimos o contrato por falta de interesse e de investimento por parte da empresa”, disse em um ato público o governador de Mendoza, Francisco Pérez.

Segundo Nuria Alvarez, analista da firma Renda 4, a imagem da Repsol está em declínio no mercado e por isso a redução da Fitch já era algo antecipado.

Por isso não se deve esperar grande impacto da decisão da Fitch nas ações da empresa, completou Daniel Pingarrón, analista da IG Markets.

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“Normalmente uma queda no rating de uma companhia passa desapercebida e, neste caso em especial, não houve grandes mudanças nas projeções atuais da Repsol”, explicou Pingarrón.

Em 2011, a YPF representou cerca de 35% do Ebitda consolidado da Repsol e pagou cerca de 750 milhões de dólares em dividendos.

Esta degradação acontece uma semana depois de outra agência de classificação, a Moody’s, ter reduzido também em um escalão a nota da Repsol YPF, para “Baa2”, devido principalmente a resultados inferiores ao previsto.

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