Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Reino Unido reaviva temores de recessão após contração do 4º tri

Por Por Claudia Rahola
25 jan 2012, 10h34

A economia britânica sofreu uma contração de 0,2% no último trimestre de 2011, uma queda maior que a esperada e que reaviva os temores de uma recessão, segundo dados oficiais publicados nesta quarta-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).

Esta contração do Produto Interno Bruto (PIB), a primeira registrada pela economia britânica desde o quarto trimestre de 2010 (quando diminuiu 0,5%), foi amplamente atribuída a duas ondas de frio quase sucessivas que atingiram o Reino Unido.

Os analistas esperavam uma contração de apenas 0,1%, após o crescimento de 0,6% registrado no terceiro trimestre, considerado como um reajuste com relação ao período anterior.

Na comparação anual, o crescimento foi de 0,8%, disse a ONS em um comunicado divulgado em Londres.

A contração foi provocada essencialmente por quedas dos setores manufatureiro (-0,9%), da construção (-0,5%) e da produção de gás e eletricidade (-4,1%) devido a uma chegada tardia do inverno (boreal).

Continua após a publicidade

O novo dado reaviva os temores de recessão para uma economia britânica afetada pela crise na vizinha Eurozona e submetida a um drástico plano de ajuste pelo governo do primeiro-ministro David Cameron.

O país já sofreu uma profunda recessão de cinco trimestres, entre abril de 2009 e junho de 2006, segundo cifras revisadas ao final do ano passado.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu na terça-feira a previsão de crescimento para o Reino Unido em 2012 a 0,6%, contra 1,6% em sua estimativa anterior.

O ministro britânico das Finanças, George Osborne, considerou as cifras “decepcionantes”, mas afirmou que apesar das ameaças de recessão, o governo irá cumprir com as medidas de ajuste destinadas a eliminar um déficit excessivo para 2015.

Continua após a publicidade

“O Reino Unido possui dívidas importantes e se não a combatermos agora, nossos problemas econômicos ficarão muito piores”, disse ele à imprensa.

“Creio que temos o plano correto e devemos nos ater a ele”, disse. “Ao mesmo tempo, no entanto, temos que aceitar que os problemas econômicos do Reino Unido pioraram devido à situação na Eurozona, que tem a crise à beira da esquina”, completou o ministro.

O Reino Unido cresceu 0,9% entre janeiro e dezembro de 2011, conforme a última previsão anunciada pelo governo no final de novembro, mas isso supõe uma importante desaceleração com relação aos 2,1% de 2010. Para 2012, a previsão é de +0,7%.

Para os economistas, o Reino Unido, que também registra um desemprego sem precedentes em 17 anos, está prestes a entrar em uma segunda recessão, que é caracterizada por ao menos dois trimestres consecutivos de recuo do PIB. A primeira recessão sofrida pelo país durou 15 meses, entre 2008 e 2009, segundo dados revisados em 2011.

Continua após a publicidade

“Não podemos afirmar que a economia britânica está mesmo em recessão até que saiam os dados relativos ao primeiro trimestre de 2012, mas nossa aposta é de que o Reino Unido entrará de fato em recessão e que a economia continuará se contraindo durante a maior parte do ano”, disse Vicky Redwood, da Capital Economics.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.