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Reino Unido culpa crise na zona do euro pelo enfraquecimento de sua economia

Por Da Redação
29 nov 2011, 14h11

Londres, 29 nov (EFE).- O Governo do Reino Unido culpou a crise na zona do euro pelo arrefecimento de sua economia, que teve a previsão de crescimento rebaixada a 0,7% em 2012, menos que o previsto inicialmente.

Estes números foram apresentados pelo ministro da Economia, George Osborne, na Câmara dos Comuns, e elaborados pelo escritório de responsabilidade orçamentária, usado pelo Governo para supervisionar as finanças públicas, que também rebaixou a 0,9% o crescimento previsto para este ano.

Em março, na apresentação do orçamento do Estado, o escritório tinha previsto um crescimento econômico de 1,7% para 2011 e 2,5% em 2012, porcentagens reduzidas nesta terça-feira por causa do impacto da crise da dívida nos países da zona do euro, explicou Osborne.

Ao contrário do que foi declarado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o escritório não previu uma segunda recessão no Reino Unido, como a vivida em 2008, mas o ministro reconheceu que a situação seria ‘difícil de evitar’ se a economia sofrer uma contração no resto dos países europeus.

Por esse motivo, Osborne disse que o Executivo prepara ‘planos de contingência’ para enfrentar todos os possíveis resultados da crise na zona do euro.

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Osborne defendeu sua gestão econômica baseada no corte em massa do gasto público, com referência aos juros de 2,5% sobre a dívida soberana, frente aos altos juros pagos por Itália e Espanha.

Por outro lado, Osborne reconheceu que o déficit fiscal do país não está caindo ‘tão rápido quanto o desejado’ apesar dos maciços cortes aplicados, o que atribuiu novamente aos efeitos da crise de dívida soberana na Europa.

O ministro admitiu que a dívida acumulada será elevada a 78% do Produto Interno Bruto em 2014-15. O Governo de coalizão conservador-liberal-democrata se comprometeu a reduzir o déficit estrutural do Reino Unido em um período de cinco anos, para 2014-15, mas agora a data deve ser adiada para 2016.

Em seu discurso, Osborne também anunciou propostas para estimular a economia. Entre as mais destacadas está um plano nacional de infraestruturas avaliado em 35 bilhões de euros, dos quais 23,4 bilhões procederão de fundos de previdência privados, e 11,6 bilhões serão dinheiro público economizado de outras áreas do orçamento.

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Este dinheiro também será investido em um prazo de dez anos em novos trens, estradas e rede de banda larga de alta velocidade, detalhou Osborne.

Outras medidas de estímulo econômico serão um limite ao aumento do imposto sobre o combustível e das tarifas dos transportes públicos, incentivos fiscais a pequenas e médias empresas, uma maior flexibilização do mercado de trabalho e mais dias de creche gratuita para que as mães sem recursos possam trabalhar.

Como medida de contenção de despesas, será limitado a 1% por dois anos o aumento do salário no setor público, onde além disso são previstas 710 mil demissões para 2017, enquanto será adiantada em uma década, para 2026, a introdução da nova idade de aposentadoria, aos 67 anos. EFE

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