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Rede de atacarejo Assaí entra na guerra das maquininhas de cartão

Comerciante que utilizar meio de pagamento pode converter 10% das taxas de transação em compras nas lojas da marca

Por Ana Paula Machado
Atualizado em 10 set 2018, 09h38 - Publicado em 10 set 2018, 08h40

O Assaí Atacadista, rede de atacarejo do Grupo Pão de Açúcar, entrou no mercado de meios de pagamento. A rede lançou uma maquininha de cartão. É a Passaí, voltada para microempreendedores, pequenos e médios comerciantes.

José Marcelo Santos, diretor financeiro do Assaí Atacadista, diz que o objetivo é ampliar a fidelização do cliente. Como incentivo, ficou estabelecido que 10% da taxa que o comerciante paga para o operador do meio de pagamento será convertido em créditos a serem usados no Assaí.

“O cliente de atacarejo é muito sensível a preço. Ele percorre quilômetros para economizar centavos. Então, temos que dar mais vantagens a esse consumidor para que ele permaneça em nossas lojas”, disse o executivo.

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Ele conta que, nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento da receita do Assaí não ultrapassa 29%. No segundo trimestre deste ano, o faturamento da empresa chegou a 5,78 bilhões de reais, elevação de 23,5% no comparativo com o mesmo período de 2017.

“Não há aumento justamente pela grande concorrência nesse segmento. Com essa iniciativa esperamos melhorar o nosso desempenho rapidamente”, afirmou Santos, sem informar qual a expectativa de crescimento nas vendas com o novo produto financeiro. Hoje, a companhia opera um cartão de crédito com a bandeira Mastercard.

A Passaí será vendida em todas as lojas da rede no Brasil. Hoje, o Assaí opera 130 pontos de venda e até o final do ano deverá ter mais 16 estabelecimentos. “A nossa ideia é vender os terminais, não será aluguel. E a taxa e o valor das maquininhas serão competitivos”, ressaltou Santos. A taxa de administração média no mercado é de 2% a 5% por venda.

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Para Ana Paula Tozzi, CEO da consultoria AGR, o Assaí está fazendo o que a Casas Bahia fazia com os carnês há décadas, com a oferta de serviços financeiros para fidelizar o cliente. “Como esse segmento é muito concorrido as empresas buscam formas de reter esse consumidor dentro da sua loja e, oferecer as maquininhas é uma boa estratégia. O próximo passo é a concessão de microcrédito a esse cliente”, disse Tozzi.

Segundo ela, tendo mais serviços financeiros à disposição dos clientes dentro das lojas, as empresas conseguem monitorar o consumidor de perto. “A empresa sabe o comportamento de compra de cada pessoa, se ela paga dentro do prazo os parcelamentos. Então, elas começam a pensar em produtos específicos para cada um. E isso vai fidelizando esse cliente”, afirmou Tozzi.

O lançamento da maquininha do Assaí, de acordo com Santos, será realizado nas próximas semanas. “As primeiras lojas que terão os terminais à venda serão em São Paulo e até novembro todos os pontos de venda terão o equipamento.” Além disso, a Passaí terá a FIC, que é a financeira do GPA e do banco Itaú, como parceira e os resultados da operação serão compartilhados entre o Assaí e a financeira.

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