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Recuperação econômica não é tão forte como o esperado

Presidente do BNDES reconhece que o crescimento econômico é menor do que o previsto pelo governo e pelos analistas para este ano

Por Estadão Conteúdo 18 Maio 2018, 13h32

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, reconheceu nesta sexta-feira, 18, que a recuperação da economia brasileira tem sido mais lenta do que o governo esperava. Ainda assim, considerou que, embora seja gradual, o processo de recuperação é “consistente”.

“Para quem saiu de uma recessão brutal como nós saímos, não é nada mau crescer 2%, 2,5% ou 3% em 2018”, declarou o ex-ministro do Planejamento após participar de seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ao citar, como exemplo, a indústria de caminhões, Dyogo Oliveira sustentou que vários setores da economia estão indo muito bem. “Não é tão forte a recuperação como nós esperávamos, quanto muitos analistas esperavam, mas é algo muito importante e muito positivo”, disse o presidente do BNDES.

Após informar que o banco de fomento avalia aumentar prazos de financiamentos, Dyogo Oliveira, acrescentou que o estudo foi encomendado na quinta e pode levar entre dois e três meses.

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O presidente do BNDES afirmou que as condições do banco, que pretende desembolsar entre 70 bilhões de reais e 80 bilhões de reais neste ano, lhe permitem alongar as linhas existentes.

O objetivo é que os empréstimos do banco comprometam uma parcela menor da renda das empresas num momento em que, segundo observou Dyogo Oliveira, elas ainda têm baixa capacidade de endividamento e seguem em processo de desalavancagem (redução das dívidas).

“Estamos estudando todas as linhas. Mas, o final disso, não sei dizer: se serão todas ou quase todas”, comentou o presidente do BNDES ao ser questionado sobre quais produtos do banco poderão ter prazos mais longos.

Ele Dyogo assinalou que, embora as linhas da instituição continuem à disposição das empresas, a maioria delas não vem procurando o banco de fomento por não ter planos de investimento.

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Essa situação acontece, observou, porque ainda há muita ociosidade nas linhas de produção. O presidente disse que espera, no entanto, uma reversão desse quadro com a recuperação econômica, citando previsões de economistas de um crescimento na faixa de 2% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). “Acreditamos em retomada natural dos investimentos.”

Já do lado do sistema financeiro, Dyogo Oliveira avaliou que a queda da inadimplência e das provisões para possíveis calotes, em conjunto com a menor rentabilidade das aplicações financeiras em razão da queda da taxa básica de juros, deve estimular os empréstimos bancários.

“Os bancos têm resultados no Brasil maiores do que a média do mundo. Isso é resultado dos juros historicamente altos. Quando você tem a Selic a 6,5%, você passa a ter um milhão de coisas a fazer do que ficar aplicado em Selic”, disse Dyogo Oliveira. “A era do juro baixo vai movimentar a massa de dinheiro que está parada em Selic para a economia”, acrescentou o presidente do BNDES, que também defendeu a maior competição como o caminho para diminuir os spreads (diferença entre os juros pagos na ponta e os juros básicos ) dos bancos.

Da parte do BNDES, Dyogo Oliveira salientou que o banco vem trabalhando para ser mais eficiente, reduzir os custos de sua operação e diminuir as perdas com inadimplência, o que permitiu à instituição diminuir em até 50% seus spreads.

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