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Recessão é teste para bancos, diz FMI

Para diretor do Fundo, crise impõe teste à capacidade de absorção de choques das instituições financeiras

Por Da Redação
15 abr 2016, 13h49

O maior desafio para os bancos brasileiros, neste momento, é a recessão prolongada pela incerteza política, acredita o diretor do Departamento de Mercados Monetário e de Capitais do Fundo Monetário Internacional (FMI), José Viñals.

Os bancos brasileiros, segundo ele, são sólidos, capitalizados, dispõem de liquidez, são supervisionados pelo Banco Central e a inadimplência de seus clientes é muito baixa. Mas a duração da crise impõe um teste à sua capacidade de absorção de choques.

No Brasil, como em outros emergentes, aumentou nos últimos anos a vulnerabilidade das empresas não financeiras, com endividamento em alta e lucratividade em baixa. A inadimplência, embora moderada (3,5% dos créditos bancários), tem aumentado, assim como os pedidos de recuperação financeira.

A prolongada retração dos negócios, com juros mais altos, desemprego crescente e lucros em queda tende a pressionar os bancos. A piora do cenário é registrada no Relatório de Estabilidade Financeira, uma das publicações semestrais do FMI.

Riscos tendem a aumentar quando grandes empresas são controladas pelo setor público. No Brasil, assinala o relatório, o rebaixamento do crédito soberano, a pressão fiscal e a recessão contribuíram para encarecer as dívidas da Petrobrás.

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Mas o contágio pode ocorrer também no sentido oposto, quando o Tesouro é forçado a socorrer companhias controladas. A boa notícia, observou Viñals, é o ajuste iniciado na Petrobras.

Tarefa – Mas a solução efetiva para as novas tensões financeiras, assinala o economista, depende em primeiro lugar da superação das incertezas políticas. A insegurança paralisa as decisões econômicas e a mudança do cenário político é essencial para o restabelecimento da confiança. A partir daí, o governo deverá ter condições de fixar um rumo para a política econômica. Mas será suficiente insistir nos padrões seguidos pelo governo até agora?

Sem responder diretamente a essa questão, Viñals aponta algumas condições: será preciso buscar a consolidação fiscal e prosseguir no combate à inflação, ainda muito elevada.

O Banco Central deverá cumprir seu mandato – cuidar da estabilização dos preços, sem afrouxar prematuramente a política monetária. Em resumo, “será preciso avançar no rumo das políticas corretas”. A sugestão está indicada também no relatório: só a consolidação fiscal tornará sustentáveis as finanças públicas.

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Para isso, será preciso cuidar dos problemas estruturais das despesas. Esses esforços, advertem os autores do relatório, “podem produzir no curto prazo alguns ventos contrários, mas são necessários para a mudança dos sentimentos e para o retorno ao crescimento econômico”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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