Rajoy garante que não haverá resgate de bancos
Porém, o chefe do governo reconheceu que, com o prêmio de risco em 500 pontos, "é muito difícil se financiar"
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou nesta segunda-feira que não haverá ‘nenhum resgate dos bancos’ do país. Em entrevista coletiva, ele descartou que Madri recorrerá a uma ajuda financeira europeia às instituições financeiras locais, após ser divulgado que o Bankia precisará de uma capitalização de 23 bilhões de euros.
Porém, o chefe de governo reconheceu que, com o prêmio de risco em 500 pontos, “é muito difícil se financiar”. Por isso, assegurou que o estado espanhol precisa se concentrar na facilitação da liquidez e da sustentabilidade da dívida. Ele defendeu ainda que a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) possa ajudar diretamente as instituições problemáticas, passando por cima dos governos nacionais.
Acima de 500 pontos – Nesta segunda-feira, o prêmio de risco espanhol superou a barreira dos 500 pontos básicos e fechou a 511 pontos básicos – seu nível mais alto desde a adoção do euro. Segundo Rajov, deve-se à incerteza em relação à moeda única europeia.
No entanto, ele assinalou que, em pouco tempo, a Espanha vai deixar de se financiar’ fora do país. Rajoy reafirmou o compromisso de seu governo em avançar “no caminho da redução do déficit público” – medida que disse ser fundamental “para crescer e criar emprego”. Além disso, destacou que se o déficit não for reduzido, corre-se sério risco de não conseguirem nos financiar nos mercados.
Rajoy pediu ainda mais integração fiscal, monetária e política na União Europeia. “A Europa tem de dissipar qualquer dúvida sobre o euro e reafirmar que a moeda é um projeto irreversível”, acrescentou. Sobre a nacionalização do Bankia, afirmou que ela foi realizada com dois objetivos principais: ‘garantir a todos os depositantes suas economias’ e sanear a entidade.
(Com EFE e Agência Estado)