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Queda nas importações traz sinal de alerta para economia brasileira

PIB do 3º trimestre mostra que as compras estrangeiras do país caíram 25% em relação ao mesmo período de 2019, e 9,6% em relação ao trimestre anterior

Por Luisa Purchio Atualizado em 3 dez 2020, 15h14 - Publicado em 3 dez 2020, 14h20

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã dessa quinta-feira, 3, mostraram uma forte desaceleração nas importações do país no terceiro trimestre de 2020 em relação ao trimestre anterior. Sob a ótica da despesa, de julho a setembro de 2020, as compras brasileiras de bens e serviços internacionais caíram 9,6% em relação ao trimestre anterior. Já, em relação ao terceiro trimestre de 2019, a queda foi de 25%.

“Do ponto de vista aritmético, isso pode parecer bom, porque, quando se importa menos, se está deslocando menos dinheiro para o exterior. Mas a queda na importação significa que país está crescendo pouco, pois não está precisando de componentes importados para produzir”, diz Simão Davi Silver, professor de economia da USP. Esses dados refletem a lenta recuperação da economia brasileira. Apesar de o PIB no terceiro trimestre ter tido alta de 7,7% em relação ao trimestre anterior, no acumulado do ano ele será negativo. “Na prática, nós retrocedemos três anos porque estamos próximos do mesmo PIB de 2017”, diz ele.

De acordo com o IBGE, entre os itens de bens e serviços que tiveram maior queda na importação, no 3º trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, estão derivados de petróleo, máquinas e equipamentos, outros equipamentos de transporte, serviços e veículos automotores.

Com exceção de derivados de petróleo, os mesmos itens foram responsáveis por uma queda de 1,1% nas exportações no período, adicionando ainda retração em produtos de metalurgia. Já, em relação ao segundo trimestre de 2020, as exportações no terceiro trimestre caíram 2,1%. Vale lembrar, ainda, que o principal produto que pesou nas vendas brasileiras gerais ao exterior no período foi a soja, como mostra VEJA. 

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