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Queda na produção industrial já era esperada, diz Skaf

Por Da Redação
3 Maio 2012, 15h34

Por AE

Brasília – O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que já era esperada a queda da produção industrial em março. A queda, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 0,5% em relação a fevereiro, de 2,1% em relação a março de 2011 e de 3% em relação primeiro trimestre do ano passado. Ele observou, no entanto, que até o final do ano a situação deve melhorar um pouco. “Este ano a indústria de transformação, com essas medidas que foram tomadas, tende a dar uma melhorada, no segundo semestre, porque você não toma uma medida e melhora no dia seguinte. Por isso o crescimento da indústria de transformação este ano vai ser zero”, afirmou.

Skaf defendeu a necessidade de adoção de medidas em vários setores para melhorar o desempenho da indústria e fez críticas indiretas ao governo. “Não adianta só fazer discurso de que é preciso preservar a indústria. Não precisa se preocupar com o que acontece nas fábricas, mas tem de cuidar de baixar o preço da energia, baixar os juros, elevar o câmbio, investir na formação profissional e na infraestrutura, que é isso que tira a competitividade da indústria no Brasil”, afirmou. “Se todos os meses acontecerem coisas que aumentem a competitividade do Brasil, em um ano, dois anos, estaremos em um outro cenário”, afirmou.

Para Skaf, “o filho enfermo que precisa de uma atenção especial é a indústria de transformação, por causa da competitividade”. Mas outros setores estão em situação melhor, por causa do preço das commodities. “A indústria de transformação, que pega uma matéria-prima e vai transformando, vai agregando valor, empregando intensivamente, vai absorvendo toda a falta de competitividade do Brasil, ela absorve a defasagem cambial, os juros altos, o custo da logística, da energia e do gás,” explicou.

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Para Skaf, a solução para a indústria de transformação seria atuar sobre os itens de competitividade. “Já acabou o incentivo legal aos produtos importados, que era um absurdo. Agora, precisa chamar os leilões de energia, já que as concessões terminam em 2015, e chamando os leilões vai despencar o preço da conta de luz. Não é só da indústria não, é do hospital, é da dona de casa. Precisa baixar o preço do gás, os juros estão caindo, mas não significa que chegaram a um patamar razoável. Precisam cair mais. O câmbio recuperou um pouco, mas tem uma defasagem cambial que não é de hoje, já que o dólar era R$ 1,80 em 2000, e passados 12 anos, está em R$ 1,90, assim mesmo, de uma semana para cá. Por isso, tem uma conta que não fecha.”

Além disso, ele apontou a falta de infraestrutura como um dos fatores que contribuem para os problemas da competitividade no País.”Precisamelhorar a infraestrutura. A logística do País é muito cara. Precisamos focar nacompetitividade do Brasil”, declarou.

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