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Quanto rendem R$ 10.000 com a Selic em queda

Especialistas calculam o retorno de aplicações mais comuns aos investidores em um cenário de juros em queda

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 set 2017, 08h41 - Publicado em 12 set 2017, 08h25

A queda de um ponto porcentual taxa de juros anunciada pelo Copom na última semana afeta o rendimento das aplicações financeiras mais comuns aos pequenos investidores. A poupança, por exemplo, que antes tinha rendimento fixo, fica atrelada à variação da Selic agora que ela está em 8,25% ao ano.

A tendência é de que os juros sigam caindo até o patamar de 7% no fim do ano, de acordo com economistas ouvidos pelo Boletim Focus. Assim, outros investimentos como Tesouro Direto, CDB e fundos DI também terão rendimento menor.

A pedido de VEJA, especialistas fizeram a simulação do rendimento em um ano de 10.000 reais aplicados em sete modalidades em diferentes cenários:

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No caso da poupança, não há incidência de Imposto de Renda. Para as demais aplicações, foi considerada a alíquota de 15% – menor faixa do imposto, válida apenas para saques após dois anos de aplicação.

O professor de análise de cenários econômicos e macroeconomia dos cursos de MBA da Fipecafi, Silvio Paixão recomenda a quem pretende investir que tenha clareza sobre os objetivos que pretende atingir, para então decidir qual aplicação fazer. “Todo investimento tem que partir do pressuposto de ganhar da inflação”, diz. Com a projeção de que o IPCA que na casa de 4%, mesmo a poupança, que tem o rendimento mais baixo, cumpre esse requisito.

Outra recomendação é que se tenha familiaridade em relação aos produtos e aos cenários de mercado, o que exige investir tempo para estudar o assunto.  “A poupança é o mais simples, por isso dá o menor rendimento. Se o investidor estiver confortável com a ideia de investir em títulos públicos, eles dão um pouco de trabalho no começo, mas criam o hábito de gerir uma carteira de ativos”.

No caso dos Fundos DI – fundos compostos de papéis do Tesouro atrelados à Selic ou ativos ligados aos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) – o rendimento varia de acordo com os componentes do produto. “Os títulos do governo remuneram ao redor de 100% do CDI, os títulos mais conservadores de crédito remuneram ao redor de 104% e os mais agressivos ao redor de 110%. Para manter uma boa liquidez e um bom risco de crédito, os gestores dos fundos DIs tradicionais fazem uma composição desses ativos”, explica o  planejador financeiro da Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar), Francisco Levy. Na simulação, foi considerado um rendimento de 103% do CDI e taxa de administração de 0,50%.

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Renda variável

Para o analista-chefe da corretora Rico Investimentos, Roberto Indech, uma modalidade que deve ganhar destaque com a queda da Selic é o investimento em renda variável, como ações. Ao contrário dos investimentos de renda fixa – como poupança, títulos públicos e CDB – , em que é possível estimar o ganho previamente, a conta do retorno para este tipo de aplicação depende diretamente da empresa e do comportamento do mercado, que é influenciado por diversos fatores.

Mesmo com as altas recentes da bolsa, o especialista ainda vê espaço para mais valorização nas ações. A recomendação é procurar por empresas já consolidadas no mercado, com bom histórico de gestão, que apresentem resultados consistentes e que conseguiram por alguma razão sobressair na época de recessão.

“Exemplos como este estão no segmento de bancos privados e varejistas. Por fim, como uma ‘aposta’ a partir de agora, empresas estatais e que poderão ser ou privatizadas ou que apresentem possibilidade de mudança de uma gestão mais pró-mercado diante da dificuldade financeira dos estados, em especial após o anúncio da privatização da Eletrobras”, disse à reportagem.

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