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Putin irá limitar o comércio de matérias primas após retaliação a petróleo

Presidente russo assinou um decreto limitando transações de produtos até o fim do ano; lista de países afetados e de itens será divulgada em dois dias

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 mar 2022, 18h17 - Publicado em 8 mar 2022, 17h26

Depois da suspensão de importação de petróleo russo anunciada por Estados Unidos e Reino Unido, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reagiu. Segundo a agência de notícias russa RIA Novosti, Putin assinou nesta terça-feira, 8, um decreto que visa limitar o comércio de matérias primas, proibindo a importação e exportação de alguns itens até o final deste ano.

“Para garantir a segurança e o bom funcionamento da indústria, decido garantir a aplicação das seguintes medidas econômicas especiais até 31 de dezembro de 2022”, diz a mensagem replicada pela agência estatal no Telegram. A lista dos produtos e também dos países que sofrerão a sanção será publicada pelo governo nos próximos dois dias, de acordo com a determinação de Putin.

+ EDIÇÃO DA SEMANA: Conflito expõe em escala mundial o modelo de guerra híbrida

No último dia 7,  Putin aprovou uma lista de “países hostis” que inclui todas as nações da União Europeia, os Estados Unidos e a Ucrânia, bem como Albânia, Andorra, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Islândia, Japão, Liechtenstein, Macedônia do Norte, Micronésia, Mônaco, Montenegro, Noruega, Nova Zelândia, Reino Unido, San Marino, Singapura, Suíça e Taiwan.

Mais cedo, o vice-premiê russo, Alexander Novak, afirmou que o governo russo poderia fechar o gasoduto Nord Stream 1, interrompendo assim o fornecimento de gás a Europa. “Sabemos que temos todo o direito de tomar uma decisão ‘espelhada’ e colocar um embargo ao trânsito de gás via Nord Stream 1”, afirmou.

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Suspensão do petróleo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que irá suspender a importação de petróleo russo, aumentando a aposta pelo isolamento da Rússia, segundo maior exportador mundial da commodity. Anteriormente, as medidas se centravam em retaliações financeiras, como o bloqueio de reservas do Banco Central russo, banimento de instituições do sistema de pagamento Swift e foco nos oligarcas russos, os bilionários que compõem a base de apoio de Putin. 

“Os Estados Unidos estão mirando na principal artéria da economia da Rússia”, disse Biden na terça-feira em Washington. “Não faremos parte do subsídio à guerra de Putin.” A medida dos EUA será correspondida em parte pelo Reino Unido, que anunciou a proibição das importações de petróleo russo, embora continue permitindo que o gás natural e o carvão do país sejam comprados. Há expectativa que outros países europeus sigam as sanções, porém, nenhum anúncio foi feito nesta terça-feira.

A escalada de sanções dos países ocidentais à Rússia após a invasão da Ucrânia mostra que a batalha está longe de terminar. Como mostra a edição de VEJA desta semana, o conflito que se desenrola é o que estrategistas chamam de guerra híbrida. Nela, a destruição do campo de batalha se mescla a elementos que vão além dos mísseis, tanques, carros de combates, fuzis e bombas. Se, em 13 dias, a batalha deixou centenas de civis mortos e um êxodo de 1 milhão de refugiados, a conflagração nos limites da Europa tem uma dimensão inédita em seu impacto em um mundo globalizado.

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