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PT e PMDB barram convocação de Palocci em CPI

Tropa de choque do governo também impediu a convocação de Alexandrino Alencar, ex-executivo da Odebrecht em sessão da CPI do BNDES

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 nov 2015, 16h37

Em mais uma demonstração de como o governo atua nas CPIs no Congresso, a comissão que investiga irregularidades nos contratos firmados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltou a barrar convocações que podem complicar a gestão petista. Durante sessão nesta quinta-feira, PT e PMDB impediram a aprovação de uma série de requerimentos, entre eles os que pediam audiência com o ex-ministro Antônio Palocci e o lobista Alexandrino Alencar, ex-executivo da Odebrecht e companheiro do ex-presidente Lula durante viagens.

Em pauta, estavam dois requerimentos que pediam a convocação de Palocci, ambos apresentados por deputados da oposição. Os parlamentares queriam que Palocci desse explicações sobre o fato de ser uma das 103 pessoas suspeitas de realizarem transações bancárias com indícios de irregularidades. Conforme dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), as operações fraudulentas chegam a 500 milhões de reais.

Os dois requerimentos que pediam audiência com o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar também foram alvo de obstrução de aliados do governo. Alencar foi preso durante a Operação Lava Jato após a Polícia Federal interceptar gravações em que o executivo conversava com o ex-presidente Lula. Na conversa, segundo o relatório policial, Lula e Alexandrino estariam preocupados com “assuntos do BNDES”. O executivo foi apontado por delatores do petrolão como um dos operadores de propina na Odebrecht.

A tropa de choque governista ainda barrou a audiência com o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico, que pediu a suspensão de novos financiamentos do BNDES para obras realizadas por empreiteiras brasileiras no exterior.

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“A CPI tem um acordo entre os partidos da base do governo de não aprovar nada, absolutamente nada. O Palocci foi mais um, mas eles chegaram ao ponto de rejeitar convite de um técnico do TCU, que tem por função constitucional auxiliar a Câmara”, criticou o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), autor dos requerimentos que pediam audiência com Palocci e Marsico. “Estão impedindo a simples possibilidade de convidar um cidadão para estar presente. Se continuar desse jeito, não há sentido para a continuidade da CPI. Nós vamos acabar reproduzindo o fiasco que foi a CPI da Petrobras”, continuou o parlamentar.

Nesta quinta, também foi rejeitado o acesso ao acordo de delação premiada firmado pelo executivo da Camargo Corrêa Luiz Carlos Martins, que citou o pagamento de propina ao PMDB. A comissão ia votar a esperada convocação de José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, mas a análise do requerimento foi impedida pelo início das votações no plenário da Câmara.

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