Protesto contra reforma trabalhista interrompe trânsito em SP
Manifestantes se reuniram na avenida Paulista; projeto será votado amanhã no Senado
Manifestantes se reuniram na avenida Paulista no início da noite desta segunda-feira para protestar contra a reforma trabalhista, que será votada amanhã no plenário do Senado.
O grupo se concentrou no vão do Masp e caminhou até o prédio da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), onde fechou a avenida no sentido Paraíso. Algumas pessoas atearam fogo a um boneco e a pneus.
Por volta das 20h15, os bombeiros chegaram, e os manifestantes já tinham se dispersado, mas a via continuava interditada para que as chamas fossem apagadas.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomenda que a região seja evitada.
No senado, o projeto precisa de maioria simples para ser aprovado, ou seja, metade mais um dos senadores presentes à sessão, prevista para começar às 11h.
Se a reforma trabalhista for aprovada no Congresso da forma como está nesta semana, as mudanças começam a valer apenas em meados de novembro. O texto que tramita no Senado prevê que as alterações entram em vigor 120 dias após a publicação da lei no Diário Oficial da União.
Pedido de rejeição
Um grupo de 14 entidades assinou uma nota conjunta que aponta uma série de inconstitucionalidades na reforma trabalhista.
“O texto está contaminado por inúmeras, evidentes e irreparáveis inconstitucionalidades e retrocessos de toda espécie, formais e materiais”, diz documento assinado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados Brasil (OAB), entre outras entidades.