Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Projeções da dívida bruta têm ‘rombo’ de mais de R$ 200 bilhões

Segundo economistas Vilma da Conceição Pinto e Lívio Ribeiro, do Ibre/FGV, governo terá de vender ativos para alcançar projeção em 2018

Por Da Redação
24 jul 2015, 10h36

O governo terá que contar com receitas não recorrentes – basicamente com a venda de ativos – de mais de 200 bilhões de reais em 2016 e 2017 para que a projeção da dívida bruta anunciada na quarta-feira fosse alcançada. É o que estimam os economistas Vilma da Conceição Pinto e Lívio Ribeiro, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). Nesse sentido, uma venda de ativos desse porte provavelmente exigiria um robusto programa de privatização combinado com uma maciça venda de reservas internacionais.

Para chegar nesse número, os economistas combinaram previsões oficiais do Ibre, do Focus e hipóteses que arbitraram (e que não são oficiais do Ibre). Eles frisam que não fizeram nenhum cenário oficial, mas apenas testaram hipóteses razoáveis para ter a sensibilidade dos parâmetros implícitos nas projeções do governo.

Neste cenário, o PIB cai 2,2% e 0,1% em 2015 e 2016, e sobe 1% e 1,5% em 2017 e 2018. A Selic de final de ano em 2015, 2016, 2017 e 2018 é de, respectivamente, 14,5%, 12%, 11% e 11%. Já o IPCA nos quatro anos consecutivos é de 9%, 5,4%, 4,6% e 4,5%.

Com essas projeções, a dívida bruta atinge 69,6% do PIB em 2018. Para que chegasse aos 65,6% projetados pelo governo, as receitas não recorrentes teriam de ser de 1,9% do PIB em 2016 e 2017 – em termos absolutos, de respectivamente 117,8 bilhões de reias e 124,4 bilhões de reais, num total de 241,4 bilhões de reais.

A conclusão é que os números do governo não fecham a não ser com um colossal programa de venda de ativos, cuja factibilidade política, no caso das privatizações, ou de equilíbrio macroeconômico, no caso da venda de reservas, é muito discutível.

Continua após a publicidade

Leia mais:

Nova meta fiscal amplia agonia do governo até 2018

Recuo no ajuste fiscal faz dólar disparar e bolsa fechar em queda de 2,18%

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.