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Projeção do BC para o PIB aumenta para 1,2% em 2019 e 2,2% em 2020

Banco Central apoiou sua previsão ao cenário de continuidade das reformas e estímulos da liberação de recursos do FGTS e do PIS/Pasep

Por da Redação
Atualizado em 19 dez 2019, 11h53 - Publicado em 19 dez 2019, 11h46

O Banco Central melhorou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano e no próximo. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 19, no Relatório Trimestral de Inflação do BC, em que a autoridade monetária indicou alta de 1,2% para o PIB neste ano, contra 0,9% antes, e de 2,2% para 2020, sobre leitura de 1,8% no relatório anterior, de setembro.

Em 2019, fatores como os saques do FGTS e o maior carregamento estatístico foram mencionados para justificar a expectativa, e, para 2020, foi defendida uma perspectiva de retomada “ligeiramente” mais forte.

Para o ano que vem, o banco ressaltou que sua estimativa “está condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira”.

Já para este ano, a autoridade monetária frisou que computou principalmente o maior carregamento estatístico e os estímulos da liberação extraordinária de recursos do FGTS e do PIS/Pasep no quarto trimestre, destacando que o movimento se intensificou com a antecipação no cronograma de pagamentos pela Caixa Econômica Federal.

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Pelo desenho original dos saques imediatos, esse calendário se estenderia até março do ano que vem. Com as mudanças, os dados do BC ficaram mais próximos dos indicados pelo governo e estimados pelo mercado.

Oficialmente, o Ministério da Economia previu em sua última revisão um avanço do PIB de 0,9% este ano e de 2,32% no ano que vem, embora membros da equipe econômica tenham indicado, desde então, que a economia deve crescer acima de 1% em 2019 e na casa de 2,5% em 2020.

No relatório Focus mais recente, feito pelo BC junto a uma centena de economistas, a expectativa é de alta do PIB de 1,12% neste ano e de 2,25% no próximo. Desde a sua decisão na semana passada de cortar a Selic em meio ponto, à nova mínima histórica de 4,5% ao ano, o BC já vinha destacando uma visão melhor para a economia.

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Nesta quinta-feira, o BC voltou a dizer que os dados de atividade a partir do segundo trimestre indicam que o processo de recuperação da economia ganhou tração.

Na revisão do PIB para este ano, o BC passou a ver melhor desempenho tanto da agropecuária, quanto da indústria e serviços, com altas de 2,0%, 0,7% e 1,1%, respectivamente, contra avanços de 1,8%, 0,1% e 1,0% calculados antes.

Pela ótica da demanda em 2019, o BC também ajustou para cima o aumento do consumo das famílias (2%, sobre 1,6% antes) e dos investimentos (3,3%, ante 2,6%). Ao mesmo tempo, passou a ver o consumo do governo caindo 0,6%, acima da queda de 0,3% vista anteriormente.

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As contribuições da demanda interna e do setor externo para o PIB neste ano foram estimadas em 1,9 ponto e -0,7 ponto, respectivamente.

Já para 2020, o BC previu que a indústria empatará com a agropecuária em termos de expansão, ambas com aumento de 2,9%. Antes, a perspectiva era de elevação de 2,2% na indústria e 2,6% na agropecuária.

Para o setor de serviços, a perspectiva também foi melhorada a 1,7%, sobre 1,4% antes.

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Do lado da demanda, o grande destaque nas estimativas ficou com os investimentos, para os quais o BC prevê agora expansão de 4,1% em 2020, ante 2,9% antes.

“Parte da alta na previsão para a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) está associada a prognóstico mais favorável para a construção civil”, justificou o BC.

Para os demais componentes do PIB, as estimativas sofreram pouca alteração: o BC vê o consumo das famílias aumentando 2,3% no próximo ano (2,2% antes) e o consumo do governo subindo 0,3% (0,5% antes).

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As contribuições das demandas interna e externa para o crescimento do PIB no ano que vem foram calculadas em 2,4 ponto e -0,2 ponto, respectivamente.

Juros

Em relação aos juros básicos, o BC também reiterou mensagem de que, após o corte da Selic na quarta-feira da semana passada, “o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária”.

A mensagem vem sendo interpretada como um indicativo de que o ciclo de afrouxamento monetário está perto do fim, com parte dos agentes interpretando até mesmo que a última redução da Selic pode ter sido a última. O próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorrerá em 4 e 5 de fevereiro de 2020.

“O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, reforçou o BC no relatório.

(Com Reuters)

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