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Produção local não barateia preço do iPhone no Brasil

Foxconn recebeu incentivos fiscais para se instalar no país e smartphones foram desonerados no ano passado; contudo, preço não caiu

Por Talita Fernandes
14 nov 2014, 14h21

Mesmo dois anos depois de produção do iPhone em território brasileiro, os novos modelos do produto chegam às prateleiras do país com o maior preço do mundo todo. O iPhone 6 passou a ser vendido nas lojas brasileiras nesta sexta-feira a um custo de 3.199 reais, e o modelo iPhone 6 Plus, a 3.599 reais. Além do Brasil, a Apple já divulgou os preços dos aparelhos em outros 35 países. Levantamento feito pelo blog do site de VEJA, Impávido Colosso, mostra que o Brasil lidera o ranking de preços do iPhone 6. Na base da lista aparece o Japão, país onde o iPhone 6 custa 1505 reais e o 6 Plus, 1772 reais, ou seja, menos da metade dos preços que chegam para os brasileiros.

O smartphone da Apple passou a ser produzido em solo nacional em novembro de 2011, pela unidade da Foxconn instalada em Jundiaí, no interior de São Paulo. Benefícios fiscais foram concedidos à empresa, por meio da chamada Lei do Bem, justamente para que houvesse espaço para redução de preço ao consumidor. Mesmo assim, a produção local não significou barateamento do produto. Especialistas culpam a elevada carga tributária brasileira e o chamado “Custo Brasil” como os principais responsáveis pelos preços tão elevados. Estima-se que o Custo Brasil – provocado por complicações nas leis trabalhistas e dificuldades em logística, por exemplo – encarece o produto em torno de 34%.

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iPhone 6 mais caro do mundo é no Brasil

Outra dificuldade apontada por uma pessoa ligada à Foxconn é que boa parte da matéria-prima não é produzida no Brasil. “O iPhone tem grau de nacionalização muito baixo. Diversos componentes não são produzidos no país. Embora haja benefício na importação de alguns itens, muitos saem muito caros. Não tem produção de semicondutores no país”, comenta. Segundo a fonte, está nos planos da fabricante taiwanesa produzir, em breve, semicondutores em território nacional por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS). O programa, entre outros benefícios, oferece isenção de tributos como PIS/Pasep, Cofins e IPI.

Embora a Foxconn venha produzindo iPhone e iPad no Brasil, o último modelo do smartphone ainda não tem autorização da Agência Nacional de Telefonia (Anatel) e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) para ser produzido em território nacional. A fabricante aguarda a autorização, que deve sair nos próximos meses. Contudo, dado o histórico de diferença de preço do iPhone no Brasil e no exterior – mesmo com aqueles modelos que já são produzidos em solo brasileiro – o consumidor não deve se empolgar muito. Se quiser comprar um iPhone por preços mais modestos deverá continuar trazendo o produto do exterior ou esperar que os preços caiam, à medida que se afasta a data de lançamento.

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