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Produção industrial define queda dos juros

Por Da Redação
1 ago 2012, 17h08

Por Fabrício de Castro

São Paulo – As taxas dos contratos futuros de juros fecharam o dia em queda, sob a influência decisiva dos dados da produção industrial em junho, que vieram abaixo do esperado. Em meio à percepção de que a indústria brasileira ainda fraqueja, o que pode prolongar o atual ciclo de cortes da Selic para a reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom), os investidores reduziram os prêmios em toda a curva a termo, principalmente a partir do contrato para janeiro de 2014. A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), sem novidades, não aliviou o movimento de baixa dos juros.

Ao final da sessão regular da BM&F, a taxa dos contratos futuros de juros com vencimento em janeiro de 2013 (189.770 contratos) marcava 7,36%, na máxima, ante 7,38% do ajuste de terça-feira. A taxa do DI para janeiro de 2014 (277.805 contratos) estava em 7,76%, ante 7,85% do ajuste anterior. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (42.630 contratos) tinha taxa de 8,96%, ante ajuste de 9,02%, e o DI para janeiro de 2021 (3.275 contratos) marcava 9,53%, ante 9,68%.

Logo cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial subiu 0,2% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, interrompendo uma sequência de três recuos mensais na margem. Na comparação com junho de 2011, a atividade na indústria caiu 5,5%.

Os números, que foram piores que as previsões do mercado – de alta entre 0,30% e 1,70% na margem e queda anual entre 5,30% e 3,20% – ditaram o movimento de baixa dos juros. Na prática, o mercado elevou as apostas de que, para impulsionar a economia, o Copom poderá fazer um corte adicional de 0,25 ponto porcentual da Selic. Por enquanto, a curva a termo precifica de forma majoritária um recuo

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de 0,50 ponto no encontro de agosto e uma divisão nas apostas entre manutenção e corte adicional de 0,25 em outubro.

Em rápido comentário, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a produção industrial brasileira passa por um “ponto de inflexão”. “Daqui para frente, vamos ter resultados melhores”, disse.

“Você tem mesmo um ponto de inflexão em alguns grupos e setores que, de fato, vinham bem mal, mas a produção industrial ainda está muito fraca”, comentou o economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib, que projeta uma Selic no fim do ano de 7%. “Como previsto, a atividade econômica não consegue avançar mesmo se levada em conta a baixa base de comparação, e isto conspira para uma atuação mais decidida por parte do BC”, disse, em comentário distribuído a clientes, o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, que também projeta uma taxa básica de 7% no fim do ano.

A pressão de baixa para as taxas dos DIs, trazida pela indústria, não foi minimizada pela decisão do Fed. O banco central norte-americano, apesar de sinalizar com mais ênfase que irá adotar medidas para estimular a economia, manteve a taxa dos Fed Funds na faixa entre 0% e 0,25%. Além disso, sinalizou que o juro deve seguir baixo pelo menos até o fim de 2014. Tudo dentro do esperado.

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