Produção industrial da China cresce 9,3% em abril, abaixo das expectativas do mercado
Apesar do crescimento maior que o do mês anterior, desempenho aquém do esperado coloca em xeque a recuperação da economia chinesa
A indústria chinesa cresceu 9,3% em abril, resultado melhor que o de março, mas um pouco abaixo das expectativas de analistas do mercado. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS). O desempenho do setor em abril sinaliza uma melhora em comparação ao crescimento de 8,9% em março. No entanto, economistas esperavam que o resultado de abril fosse um pouco melhor – as estimativas apontavam uma alta de 9,5%.
Para os investidores, a grande questão agora é se a economia chinesa está se recuperando do mau desempenho registrado em 2012, quando o país registrou o pior crescimento em 13 anos.
Os investimentos em ativos fixos nos quatro primeiros meses de 2013, um importante motor da economia chinesa, também ficou abaixo das estimativas, crescendo 20,6% no período, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os analistas esperavam um crescimento de 21%. Os dados de vendas no varejo foram os únicos que ficaram dentro das expectativas, crescendo 12,8% em abril ante o ano anterior.
Dilema – Uma das alternativas para acelerar o crescimento de um país é diminuir os juros. Entretanto, tal medida interfere nos índices de inflação. Dados divulgados na semana passada mostraram que a inflação ao consumidor da China, apesar de controlada, acelerou mais do que o esperado em abril, diminuindo o espaço para Pequim afrouxar ainda mais a política monetária se o crescimento se enfraquecer.
O aumento do fluxo de dinheiro especulativo para a China é outra dor de cabeça para Pequim, uma vez que isso pode alimentar um rali no mercado imobiliário do país, onde os preços já estão em máximas recordes.
“A política monetária está enfrentando um dilema agora”, disse Jiang Chao, analista do Haitong Securities em Xangai. “Por um lado, o banco central não pode cortar a taxa de juros por temores de reanimar a inflação imobiliária. Mas por outro lado, a China está vendo um aumento das pressões de fluxos especulativos”, afirmou o analista.
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(com agência Reuters)