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Produção em agosto reforça evidência de acomodação

Por Da Redação
5 out 2011, 11h00

Por Flavio Leonel

São Paulo – O comportamento da produção industrial de agosto veio “em linha com as expectativas” e reforçou o cenário de atividade mais amena que vem sendo observado no setor no Brasil. A avaliação é do economista Felipe França, do Banco ABC Brasil, que, em entrevista à Agência Estado, disse que o panorama da indústria não está refletindo exatamente o cenário da economia nacional como um todo, que ainda traz setores resistentes e com atividade aquecida.

“É uma evidência a mais da acomodação da atividade da indústria que vem desde meados do ano passado”, comentou Felipe França. “Mas esta estagnação da indústria não reflete o que está acontecendo com a economia doméstica, pois a demanda continua forte”, ressaltou.

Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial caiu 0,2% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que estimaram de uma queda de 1,00% a uma expansão de 1,00%, com mediana negativa de 0,10%. Na comparação com agosto de 2010, a produção industrial subiu 1,8%. Neste caso, as estimativas variavam de uma alta de 0,50% a 3,80%, com mediana de 2,15%.

O Banco ABC Brasil trabalhava com uma estimativa de baixa de 0,40% para a comparação com julho de 2011e com uma previsão de expansão de 2,00% para o confronto com agosto de 2010. “Veio bem próximo do que estávamos esperando e, por isso, não surpreendeu”, disse França.

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Entre os segmentos da indústria retratados na pesquisa do IBGE, o economista destacou o de Bens Intermediários. “Nos últimos três meses, o segmento acumulou uma queda de 2,4%. Ele representa mais de 50% da produção e esse desempenho negativo chama mais a atenção”, afirmou.

Do lado positivo, Felipe França citou o comportamento do segmento de Bens de Capital, que mostrou incremento de 0,9% em agosto ante julho, com ajuste sazonal. “Cresceu pelo segundo mês consecutivo e acumulou um crescimento mês a mês, desde o começo do ano, de quase 7%”, disse.

Para o economista, esta expansão dos Bens de Capital também traz uma discussão diferente, já que mostra que a indústria até está investindo, mas há obstáculos para o setor ultrapassar no caminho da expansão. “Um crescimento desta ordem dos Bens de Capital indica que o investimento na economia doméstica continua forte, mas há uma concorrência importante, não só por conta da valorização do câmbio como também por causa das reduções de exportações e de importações de produtos mais baratos por causa da crise”, explicou.

Questionado se, com resultado da produção industrial de agosto, poderia já ter um cenário traçado para setembro, Felipe França respondeu que ainda não tem dados antecedentes suficientes para chegar a uma conclusão de como será o comportamento do setor. O economista preferiu avaliar que, depois da queda confirmada para a indústria no oitavo mês de 2011, é possível que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto seja divulgado com uma queda ante a alta de 0,46% verificada em julho na margem.

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