Estas são as principais datas da crise da dívida na Grécia:
–2009–
– Outubro: o novo governo socialista de Georges Papandreu revisa para cima a previsão de déficit público para 2009 (12,7%, contra 6%). Em dezembro, a UE alerta sobre o estado das finanças públicas e as agências de classificação rebaixam a nota de solvência da Grécia.
–2010–
– 23 abr: com uma dívida pública de 350 bilhões de euros, Atenas pede uma ajuda internacional, já que não consegue captar nos mercados, onde as taxas de juros exigidas alcançam níveis proibitivos.
– No início de maio, a zona do euro e o FMI acordaram com o país um empréstimo de 110 bilhões de euros em troca de um duro plano de ajustes para sanear suas finanças públicas.
– 5/6 de maio: greve geral com manifestações violentas em Atenas, que causam três mortos durante o incêndio de um banco.
–2011–
– 29/30 jun: adoção de um plano plurianual revisado de ajuste, que endurece as medidas de austeridade e amplia o pacote de privatizações.
– 21 jul: acordo da zona do euro sobre um segundo plano de resgate da Grécia, com a participação dos credores privados.
– 2 set: a Troika de credores públicos (UE-FMI-BCE) denuncia o descumprimento das metas de redução do déficit e o atraso das reformas.
– Set: após um mês de agosto péssimo, as bolsas mundiais recuam fortemente devido a especulações sobre a quebra da Grécia.
– 20 out: novo plano de rigor gera uma greve geral e manifestações violentas.
– 27 out: novo acordo da Eurozona sobre um plano de reforço do dia 21 de julho. O novo plano prevê um resgate de 130 bilhões de euros e o perdão de 100 bilhões de euros da dívida pública grega em mãos privadas.
– 31 out: Papandreu provoca uma crise política ao anunciar um referendo sobre o plano aprovado pelos europeus, que pede novas medidas de rigor. Sob pressão, ele deixa o cargo em 9 de novembro.
– 11 nov: Lucas Papademos, ex-vice-presidente do BCE, é designado para formar um governo de coalizão de socialistas, conservadores e ultradireitistas.
– 16 nov: início das negociações com os bancos para reduzir a dívida pública grega.
– 29 nov: desbloqueio de um novo lote de ajuda da UE e do FMI.
– 7 dez: aprovação do orçamento de 2012, o terceiro de rigor.
– 14 dez: estimada em 5,5% a contração do PIB em 2011.
–2012–
– 20 jan: início das negociações com o trio UE-BCE-FMI sobre as reformas necessárias antes da entrega do segundo plano de resgate.
– 25 jan: o FMI considera que os credores públicos deverão contribuir também para reduzir a dívida da Grécia.
– 28 jan: Atenas se nega a ceder sua soberania orçamentária, como quer a Alemanha.
– 2 fev: Antes de aceitar o desembolso de 130 bilhões (a ser entregue em partes, até 2015), a UE e o FMI exigem que os partidos de coalizão no poder na Grécia se comprometam a aplicar as medidas de ajuste estrutural.
– 7 fev: 20.000 pessoas se manifestam em Atenas e em Tessalônica contra as novas medidas de rigor.
– 9 fev: O governo grego e o Banco Central Europeu anunciam a conclusão na Grécia de um acordo político sobre as medidas de rigor exigidas em troca do segundo resgate. Os sindicatos convocam uma greve geral para sexta-feira e para o sábado.
-12 fev: O Parlamento grego aprova as medidas de rigor em meio a uma série de protestos populares, que converteram as ruas de Atenas em um verdadeiro palco de guerra.
– 20 fev: Reunião prevista em Bruxelas dos ministros de Finanças da Eurozona para aprovar, ou não, o segundo plano de resgate para Grécia.