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Previsão para inflação sobe pela 20ª semana consecutiva e chega a 7,11%

Boletim Focus, do Banco Central, também aponta pressão inflacionária para 2022 e Selic mais alta; previsão do PIB é ligeiramente menor, de 5,28% para 5,27%

Por Larissa Quintino Atualizado em 23 ago 2021, 09h38 - Publicado em 23 ago 2021, 09h18

Pela vigésima semana consecutiva, analistas do mercado financeiro revisaram para cima a previsão para a inflação do país para o fim deste ano. São quase cinco meses em que as 100 instituições consultadas pelo Banco Central, para o Boletim Focus, apontam aceleração do IPCA. Na edição divulgada nesta segunda-feira, 23, a mediana da projeção dos economistas aponta que o índice ficará em 7,11% ao final de 2021. Há uma semana, essa previsão era de 7,05% e, há um mês, de 6,56%.

A inflação esperada pelo mercado é bem acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que buscava 3,75% no ano, com margem de tolerância até 5,25%. A alta da inflação no Brasil tem diversos potenciais a vilões: além do câmbio mais alto, neste ano já ocorreram grandes acelerações nos preços de combustíveis, energia elétrica e os alimentos, que pesaram muito em 2020, não desaceleraram. A alta dos preços, que era vista no ano passado como pressão passageira, deixa o sinal de atenção ligado constantemente. Para 2022, os analistas consultados pelo BC também enxergam pressão. A estimativa é que o indicador fique em 3,93%, quinta alta consecutiva na estimativa. A meta para inflação no próximo ano é de 3,5%, com margem de tolerância até 5%.

Vale lembrar que, no ano passado, a inflação ficou em 4,52%, acima da meta de 4%, mas dentro da margem de tolerância. Caso a alta esperada pelo mercado para 2021 se confirme, o indicador terá acelerado mais que em 2016, quando teve alta de 6,29%. Em 2015, a alta foi de 10,67%.

A consequência da inflação mais alta é a pressão na Selic, a taxa básica de juros da economia. Assim como na semana anterior, o mercado financeiro prevê que a taxa feche 2021 em 7,5% ao ano. A taxa, que iniciou o ano em 2%, está em 5,25%, após quatro altas seguidas e a previsão do mercado é que continue a acelerarar.

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PIB

O crescimento econômico, por sua vez, foi revisado ligeiramente para baixo pela terceira semana seguida. O mercado espera que o PIB feche o ano em 5,27%, variação negativa em 0,01 ponto percentual em relação à semana passada. Frente a estimativa de um mês atrás, o dado fica 0,02% abaixo da previsão, de 5,29%. Para 2022, a previsão também foi revisada, de 2,04% para 2%.

De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em junho, considerado a prévia do PIB, o índice foi pressionado para baixo pelas vendas do varejo, mas neutralizado pelo crescimento da área de serviços. O número trouxe alta de 1,14% no mês. Portanto, a variação do índice foi de 0,12% no segundo trimestre de 2021 em relação ao anterior, indicando uma leve aceleração. O resultado do PIB do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro, pelo IBGE.

 

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