Pressionada pela inflação, Selic sobe para 7% em previsão do mercado
Para 2021, Boletim Focus prevê juros 0,75 ponto percentual acima em relação às projeções da semana anterior; já o IPCA subiu de 6,31% para 6,56%
Pressionada pela alta de preços, a mediana de previsões da Selic cresceu para 7% ao ano, para o final de 2021, de acordo com a projeção dos analistas do mercado financeiro pesquisados pelo Boletim Focus. Divulgado nesta segunda-feira, 26, o levantamento feito pelo Banco Central aponta uma alta nas projeções da Selic de 0,25 pontos percentuais (p.p.) em relação à semana anterior, e de 0,50 p.p. em comparação às estimativas feitas há quatro semanas.
A revisão vai ao encontro da projeção da mediana da Selic feita pelos Top 5, ou seja, as cinco instituições que mais acertam as estimativas. Desde o dia 26 de junho, os Top 5 projetam que a Selic Over de curto prazo alcançará 7% a.a. no ano. Na última pesquisa, porém, as projeções subiram para 7,50% a.a. do fim de 2021 e 7% a.a. do fim de 2022.
O principal gatilho para a alta da taxa de juros básica da economia é a alta de preços dos itens que compõem os custos de moradia, como a bandeira vermelha da conta de energia elétrica e o encarecimento do gás de botijão e gás encanado, como mostrou a prévia do IPCA-15 de julho divulgado na semana passada pelo IBGE.
O Boletim Focus divulgado hoje apontou que o mercado financeiro projeta uma alta no IPCA para 6,56%, ante a projeção de 6,31% na semana passada e de 5,97% há quatro semanas. Para 2022, as projeções também aumentaram, para 3,80%, frente a 3,75% na semana passada. Já, para 2023, permaneceram estáveis em 3,25%. As projeções da Selic para 2022 e 2023, por sua vez, mantiveram a estabilidade e permaneceram em 7% a.a. e 6,50% a.a., respectivamente.