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Pressão do exterior leva juros futuros para baixo

Por Da Redação
10 fev 2012, 15h53

Por Márcio Rodrigues

São Paulo – O mercado internacional tenso com a interminável falta de consenso em torno da Grécia, o anúncio de mudanças no cronograma para remuneração do compulsório bancário e o IPCA de janeiro em 0,56%, pouco acima da mediana das projeções (+0,55%), acabaram colocando um fim ao movimento de inclinação da curva a termo que vinha sendo verificado nos últimos dias. Com isso, hoje as taxas projetadas pelos contratos mais curtos cederam pouco, enquanto os vencimentos de prazo maior experimentaram considerável devolução de prêmios.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (291.140 contratos) estava em 9,29%, de 9,33% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (298.495 contratos) marcava 9,67%, de 9,74% ontem. Entre os contratos mais longos, o DI janeiro de 2017 (86.615 contratos) cedia para 10,77%, de 10,91% na véspera, e o DI janeiro de 2021 (5.190 contratos) deslizava para 11,27%, de 11,41% no ajuste.

Depois de a Grécia ter anunciado um acordo político para colocar fim à negociação com a troica (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) e com os credores privados e receber o segundo pacote de ajuda, autoridades europeias disseram que os cortes propostos pelos gregos eram insuficientes. Diante disso, o pequeno e nacionalista Partido Laos, que integra a coalizão de governo da Grécia, informou que não votará a favor de um pacote de duras reformas que estão sendo exigidas pelos credores internacionais do país em troca de mais ajuda financeira.

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Por aqui, o IPCA de 0,56% no mês passado, ante 0,50% em dezembro, veio acompanhado da desaceleração dos alimentos, de 1,23% para 0,86% de dezembro para janeiro. Já a primeira prévia de fevereiro do IGP-M constatou queda de 0,10%, depois de registrar variação negativa de -0,01% em igual prévia de janeiro.

Outro destaque do dia foi a mudança no compulsório. Uma circular publicada hoje pelo Banco Central alonga o prazo para redução da remuneração dos depósitos a prazo dos bancos. Em dezembro, uma circular determinava que 100% dos recursos do compulsório a prazo não seriam mais remunerados pela Selic. Segundo aquele documento, a partir de fevereiro, apenas 73% dos recursos receberiam essa remuneração, caindo para 64% a partir de abril. Com isso, haveria a liberação de R$ 30 bilhões no sistema financeiro. Agora, o cronograma foi dividido em quatro etapas em 2012: 80% em fevereiro, 75% em abril, 70% em junho, e 64% em agosto.

O próprio Banco Central justificou que a melhora no cenário internacional reduziu o risco de um choque de crédito e de falta de liquidez no mercado, o que permitiu à instituição atender ao pedido dos bancos e dar mais tempo para que as instituições financeiras pudessem se enquadrar nas novas regras sobre depósitos compulsórios a prazo. “Isso mostra que o Banco Central também enxerga uma melhora no cenário internacional, o que ajudou a segurar os juros mais curtos”, afirmou um operador.

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