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“Preso pela Coca-Cola”, diz dono da Dolly em cartaz

Laerte Codonho foi condenado a 6 anos e 7 meses de prisão e ao pagamento de multa por sonegação de benefícios previdenciários

Por Redação
Atualizado em 11 Maio 2018, 16h16 - Publicado em 10 Maio 2018, 16h19

O empresário Laerte Codonho, dono da empresa de refrigerantes Dolly, foi preso na manhã desta quinta-feira por fraude fiscal. Ao chegar ao 77º Distrito Policial, ele exibiu uma folha de papel na qual se podia ler a frase: ‘preso pela Coca-Cola’. Procurada, a Coca-Cola informou que ‘não comenta processos judiciais em que não esteja envolvida’.

Codonho estava em sua casa, localizada na Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo, quando os policiais chegaram. Além dele, foram presos Julio Cesar Requena Mazzi, apontado como braço financeiro da empresa, e o ex-contador Rogério Raucci. Todos são acusados de sonegação, lavagem de dinheiro e fraude fiscal, entre outros crimes.

Na operação, foram apreendidos treze veículos de luxo e de colecionador, além de três helicópteros. Uma das aeronaves estava em situação irregular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e outra foi encontrada num hangar clandestino. Durante as diligências, houve ainda a apreensão de valores em espécie totalizando ao menos 4.000 libras e mais 4.000 euros.

Em fevereiro, reportagem de VEJA revelou que Codonho havia sido condenado a seis anos e sete meses de prisão e ao pagamento de multa por sonegação de benefícios previdenciários. A sentença contra o empresário e outros quatro funcionários da empresa foi dada pela 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo (SP).

As investigações apontam para uma fraude fiscal de 4 bilhões de reais, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Um dos desvios consistiu na demissão de funcionários para posterior recontratação por outra companhia para fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social.

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Para o Ministério Público, a Ragi Refrigerantes – nome oficial da Dolly – pagou menos contribuições previdenciárias e sociais do que deveria entre os anos de 1999 e 2001. Os recursos faltantes eram destinados a programas que financiam o Incra, Senai, Sesi, Sebrae e Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O caso veio à tona após o INSS – órgão federal responsável pela arrecadação previdenciária – notar queda nos valores pagos pela empresa entre um ano e outro. O órgão público fez uma fiscalização e acusou a empresa de fraude.

O juiz federal Márcio Martins de Oliveira, responsável pela sentença, considerou que a dona da Dolly simulou os contratos. A empresa também cometeu outras irregularidades como não emissão de notas fiscais, folhas de pagamento ou recibos de prestação de serviço.

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Outro lado

A assessoria de imprensa da Dolly, em nota à redação, afirmou que “a prisão é injusta”. “Laerte Codonho sempre colaborou com as autoridades e tem certeza que provará sua inocência. A defesa recorrerá da decisão e confia na Justiça.”

Segundo os advogados, não há nenhuma prova de que Codonho seja o proprietário e administrador da empresa.

Helicóptero do empresário Laerte Codonho (Ministério Público/Divulgação)
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