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Presidente da Embraer sabia de propina na República Dominicana, diz consultor

Elio Moti Sonnenfeld declarou a procuradores no Brasil que os principais executivos da empresa, incluindo o presidente Frederico Curado, sabiam de esquema de suborno

Por Da Redação
17 mar 2016, 11h16

Um consultor de vendas que alega ter pago propinas em nome da Embraer declarou a procuradores no Brasil acreditar que os principais executivos da empresa, incluindo o presidente Frederico Curado, sabiam do esquema de suborno, que é relacionado a uma venda de aviões militares à República Dominicana.

O relato do consultor Elio Moti Sonnenfeld, que foi revelado em um resumo oficial de suas declarações, ao qual o Wall Street Journal teve acesso, é mais um fator complicador para a Embraer, em meio a investigações sobre o suposto esquema.

Em 2014, procuradores fizeram uma queixa criminal contra Sonnenfeld e oito ex-funcionários da Embraer, incluindo ex-vice-presidentes, diretores e gerentes, acusando-os de corrupção e lavagem de dinheiro relacionadas ao esquema, que teria funcionado entre 2008 e 2010. Na ocasião, Curado não foi citado como réu e também não sofreu qualquer acusação.

Em comunicado, a Embraer afirmou que está cooperando plenamente com as autoridades no caso. Curado e a empresa se recusaram a comentar as declarações de Sonnenfeld, com o argumento de que os resultados da própria investigação da Embraer sobre o assunto são confidenciais e foram submetidos a investigadores do governo.

No ano passado, Sonnenfeld relatou a procuradores que recebeu uma comissão de 3,4 milhões de dólares da Embraer e a repassou, na forma de propina, a uma autoridade na República Dominicana, segundo resumo oficial de suas declarações.

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A suposta propina, de acordo com procuradores, ajudou a Embraer a garantir um contrato de 92 milhões de dóalres, em 2008, para a venda de oito aviões militares à República Dominicana.

Se condenado, Sonnenfeld está sujeito a uma pena de até oito anos de prisão, mas réus que cooperam com a Justiça normalmente recebem punições mais brandas.

Parte significativa das provas contra Sonnenfeld foi obtida por advogados da Embraer e entregue a autoridades nos EUA que investigam a empresa, afirma uma fonte com conhecimento do assunto. Elas, por sua vez, compartilharam as provas com autoridades brasileira, segundo a fonte e documentos judiciais.

Sonnenfeld afirmou a procuradores acreditar que a decisão de pagar propina na República Dominicana foi apoiada por Curado, que é presidente da Embraer desde 2007.

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(Com Estadão Conteúdo)

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