Preços ao produtor brasileiro sobem 0,28% em maio
IPP sofreu alta 0,12% menor que no mês de abril
Em maio, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou avanço de 0,28%, ante 0,40% em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. No mesmo mês, 17 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços em comparação com o mês anterior, em especial o setor de alimentos, que registrou variação positiva de 1,42% ante 0,17%, maior resultado positivo desde agosto de 2012 (2,07%).
As maiores influências positivas sobre o indicador vieram de alimentos (0,27 ponto percentual) e metalurgia (0,05 ponto percentual). Por outro lado, os principais impactos negativos aconteceram em outros produtos químicos (-0,13 ponto percentual), com recuo de 1,18% nos preços, e refino de petróleo e produtos de álcool (-0,10 ponto percentual), que mostrou queda dos preços de 0,93%.
Já no acumulado em 12 meses até maio, o IPP teve alta de 4,07%, com destaque para bebidas (8,86%), papel e celulose (7,14%), borracha e plástico (6,96%) e refino de petróleo e produtos de álcool (6,10%).
Apesar de ter desacelerado a alta em junho a 0,38%, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) estourou o teto da meta do governo em 12 meses ao acumular 6,67%. O alvo, baseado no IPCA, é de 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais.
A preocupação com o nível elevado da inflação ganhou mais força no último mês devido à valorização do dólar, o que alimenta temores de maior pressão sobre os preços exatamente num momento de recuperação econômica frágil. O Banco Central já havia apertado o ciclo de elevação da Selic com aumento de 0,5 ponto percentual em maio, para 8%, depois de ter elevado a taxa básica de juros em abril em 0,25 ponto.
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(com agência Reuters)