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Preço atual do petróleo torna pré-sal inviável, diz estatal do setor

Presidente da PPSA calculou que o petróleo a 55 dólares seria o valor de equilíbrio para a rentabilidade dos projetos em águas profundas; nesta terça, a cotação ficou abaixo de 49 dólares

Por Da Redação
21 out 2015, 10h22

A queda nas cotações internacionais de petróleo, associada ao corte de investimentos na Petrobras, causa impacto “conjuntural” na produção do pré-sal. A avaliação é do presidente da PPSA, que representa a União nos contratos do pré-sal, Oswaldo Pedrosa, que estimou em 55 dólares o preço de equilíbrio para a rentabilidade em projetos de produção em águas profundas. Em queda acentuada desde o último ano, os preços internacionais de petróleo têm sido negociados abaixo deste valor – nesta terça-feira, a cotação ficou abaixo de 49 dólares.

Apesar da diferença, o presidente da PPSA afirmou que não há prejuízo na operação em Libra, principal área sob atuação da estatal. “Isso significa que hoje Libra opera com prejuízo? Não, por que ela não está produzindo. Até o final da década, as cotações se recuperam em patamares que sustentam qualquer projeto de envergadura do pré-sal”, afirmou Pedrosa. Além de Libra, a PPSA responde pela parte da União em 20 casos conhecidos de áreas unitizadas, onde as reservas de óleo se estendem além das fronteiras demarcadas pelos contrato, a maioria fora do estágio de produção.

Segundo Pedrosa, a premissa de preço de equilíbrio integra o plano de negócios da Petrobras, apresentado em junho, com abrangência para todos os projetos do pré-sal. A estatal, entretanto, afirma que o preço de equilíbrio seria de 45 dólares, com variação de até 7 dólares. O presidente da PPSA comentou apenas sobre a viabilidade da produção em Libra, que tem previsão de início de produção somente em 2019. Até lá, Pedrosa espera que a cotação de óleo alcance o patamar de 80 dólares.

A queda nas cotações também pode afetar as receitas da União com a venda dessa parcela do óleo, referente à produção em campos unitizados ou em áreas do pré-sal concedidas sob regime de partilha. “Há um impacto conjuntural, tem redução no valor econômico. Lá na frente, se (o preço do barril) permanecer muito baixo, pode ser um problema. Ambos perdem, representante da União e os contratados”, afirmou Pedrosa.

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Comercialização – O corte dos investimentos da Petrobras também afeta o projeto, segundo Pedrosa, mas a expectativa é que a reestruturação e venda de ativos fortaleçam a estatal no futuro. “É uma questão de tempo”, avalia. Apesar do momento ruim da empresa, o governo estuda contratar a Petrobras sem licitação para realizar a venda da parcela de óleo da União obtida em áreas de pré-sal.

Até o final do ano, um grupo criado no Ministério de Minas e Energia (MME) deve definir o modelo de comercialização do petróleo repassado pelos consórcios exploradores à União. Além da estatal, outras empresas privadas podem ser contratadas, mediante licitação. A partir da definição, o governo pode iniciar, já em 2016, a arrecadação com a produção do pré-sal nos campos já unitizados. Somente com a produção de áreas em unitização o governo espera ter um volume em óleo entre 1,2 e 2,3 bilhões de barris, de acordo com Pedrosa.

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(Com Estadão Conteúdo)

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