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‘Precisamos pensar no futuro do Rio Grande do Sul’, diz Sartori

Governador fala sobre o plano de redução na estrutura da administração pública depois de decretar calamidade financeira do estado

Por Giuliano Guandalini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 nov 2016, 08h39

No Rio Grande do Sul, o desequilíbrio entre a despesas e a arrecadação supera 2 bilhões de reais ao ano. Extremamente endividado, o estado não consegue pagar os salários em dia. A população sofre com o fechamento de hospitais e a disparada na violência.

O governador gaúcho, José Ivo Sartori (PMDB), apresentou um plano ousado de redução na estrutura da administração pública. A gestão anterior, do petista Tarso Genro, tinha 29 secretarias. Atualmente elas são 20 e serão reduzidas para 17. Das dezenove fundações estaduais, nove serão extintas. De onze empresas estatais, restarão seis. Deverão ser privatizadas, entre outras, as companhias de gás, energia e carvão. O plano prevê ainda a redução benefícios por tempo de carreira e regras mais duras para a aposentadoria dos servidores.

Em entrevista a VEJA, o governador José Ivo Sartori (PMDB), de 68 anos, falou sobre as dificuldades enfrentadas para ajustar as finanças estaduais.

Por que foi necessário decretar estado de calamidade? Estamos fazendo ajustes desde o início do meu governo, em 2015. Cortamos cargos de confiança, viagens, consultorias. Mesmo com esses ajustes, temos um déficit estimado em 8,8 bilhões de reais até 2018. O decreto da calamidade financeira tem o intuito de fazer com que esse esforço seja compartilhado por todos, com uma nova regra de comportamento dos órgãos públicos e revisão de benefícios. Na questão dos pagamentos atrasados, por exemplo, queremos priorizar aqueles que recebem menos. Mas enfrentamos muitas decisões judicias que nos obrigam a pagar de maneira igual a todos os servidores.

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Os cortes vão atingir as despesas na assistência social? Nos últimos 45 anos, em apenas sete o estado não registrou déficit orçamentário. Não se faz justiça social sem equilíbrio nas contas públicas. Entendemos que o governo deva se concentrar em saúde, educação, infraestrutura e segurança, além da assistência social. Não estamos olhando apenas para o momento, para o meu governo. É preciso pensar no futuro.

Por que privatizar as empresas estaduais? A questão é a seguinte: essas companhias ainda são necessárias? É dever do estado administrar uma gráfica? É papel do estado fazer mineração de carvão? Será uma caminhada dura, mas necessária. Não gostaria que meus sucessores passassem pelos constrangimentos que estamos passando.

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