Por Andréia Lago
Maputo – O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, assinou nesta segunda-feira a venda de mais da metade da participação portuguesa remanescente na Companhia Hidrelétrica Cahora Bassa ao governo de Moçambique.
O acordo prevê que Moçambique pagará US$ 42 milhões por 7,5% de participação na Hidrelétrica Cahora Bassa (HCB), e passará a controlar 92,5% do capital da empresa. As ações remanescentes foram transferidas para a companhia portuguesa de eletricidade, Redes Energéticas Nacionais (REN), por US$ 50 milhões. A operação foi finalizada após longas negociações com a antiga colônia portuguesa.
A HCB opera uma represa construída por Portugal no rio Zambezi no início dos anos 1970 para vender energia para a vizinha África do Sul, e que tem sido motivo de disputa entre Moçambique e Portugal nos últimos anos. Com capacidade de geração de 2.000 megawatts, a Cahora Bassa é uma grande fonte de energia para diversos países africanos.
O governo de Moçambique informou que ainda está procurando uma forma de financiar a compra da participação acionária portuguesa na HCB. Portugal, que enfrenta uma crise financeira e econômica, deu prazo de cinco meses à antiga colônia para pagar pelo acordo. As informações são da Dow Jones.