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Por que a tensão entre Rússia e Ucrânia alivia a cotação do dólar por aqui

No ano, real é a moeda que mais se valorizou entre os emergentes; países ligados a commodities ganharam um impulso a mais com o conflito internacional

Por Luisa Purchio Atualizado em 22 fev 2022, 19h02 - Publicado em 22 fev 2022, 17h15

O acirramento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia está beneficiando a moeda brasileira. Nesta terça-feira, 22, o dólar comercial despencou 1,09% e encerrou em 5,05 reais. O reconhecimento russo da independência de regiões separatistas da Ucrânia e o estabelecimento de sanções europeias e americanas à Rússia fizeram as commodities subirem no mercado internacional, o que beneficia países com forte atuação nesta área, como o Brasil.

“O fortalecimento das commodities atrai fluxo de capital para o Brasil, que possui bons ativos na bolsa de valores ainda muito descontados”, diz Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office. “Temos um fluxo grande para ações e também para títulos públicos por conta do diferencial de juros”, diz ele. A Selic alta, em 10,75% ao ano, ajuda a atrair a entrada de dólares no país e a derrubar o câmbio.

O movimento de hoje é uma continuação do fluxo de capital estrangeiro que vem entrando no país desde o começo do ano. No acumulado de 2022, o real é a moeda entre os emergentes que mais se valorizou em relação ao dólar, com 10,2% de alta. Países emergentes ligados a commodities, no entanto, como Chile, Peru e África do Sul, também estão se beneficiando deste movimento. O peso chileno é a segunda moeda com maior valorização e subiu 7,43%, seguida pelo sol peruano, que cresceu 7,26%, e pelo rand africano, que teve alta de 5,83%.

Os analistas apontam que o movimento que ocorre desde o começo do ano e vem aliviando o câmbio para o brasileiro deve continuar até os próximos três meses, a não ser que volte a pesar no país a questão fiscal que afugentou o capital e derrubou a bolsa ao longo do ano passado.

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