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Por que a Centauro decidiu abrir uma loja de rua

Com shoppings ainda com menor público, a rede inaugura megaloja na Avenida Paulista, de olho no potencial de vendas da região, onde rival Decathlon atua

Por Felipe Mendes 5 nov 2020, 15h54

A pandemia do novo coronavírus impôs uma “nova ordem” no varejo tradicional brasileiro. Com o avanço do comércio eletrônico e a disseminação do vírus em ambientes fechados, os shopping centers tornaram-se locais a serem evitados por uma parte do público, sobretudo o de mais idade. Pela nova regra, as lojas que se sobressaem são aquelas que estão em ambientes abertos, são arejadas, espaçosas e apostam na tecnologia para mitigar o contato com o lojista. De olho nessa tendência, a rede varejista de artigos esportivos Centauro decidiu inaugurar sua primeira operação de rua. Nos últimos dias, a empresa abriu uma unidade na Avenida Paulista, coração da cidade de São Paulo. A megaloja de 2.145 metros quadrados nasce num novo formato, apostando em com tecnologia para atrair os compradores. São provadores inteligentes, esteiras para experimentação dos calçados, telas que simulam circuitos de corrida, entre outras coisas. O modelo será implementado em outras operações físicas.

ALTO RENDIMENTO – Esteiras para o teste de tênis conectam o cliente aos principais circuitos de rua no mundo – (Centauro/Divulgação)

O objetivo, claro, é explorar o potencial de vendas da região, onde está localizada uma de suas principais concorrentes, a Decatlhon, que desde 2018 atua com uma operação de 2.500 metros quadrados por ali. Apesar de ser a primeira unidade de rua da empresa, Gustavo Milo Marasco, executivo de marketing da Centauro, vislumbra futuras possibilidades do tipo. “É um modelo que a gente acredita que é complementar à experiencia que nós temos dentro dos shoppings”, diz ele. “A Paulista naturalmente é um ponto icônico da cidade. Tem tudo a ver com os universos que a gente conversa.” Ele ressalta que ainda não há um plano de expansão para unidades de ruas, mas que isso certamente irá acontecer no futuro.

No primeiro semestre do ano, a receita líquida da empresa recuou 30,6% em relação ao ano anterior, para 745 milhões de reais. No comércio eletrônico, especificamente, houve crescimento de 50,1%, para 292,4 milhões de reais. Já o lucro bruto da companhia recuou 39,1%, na mesma base de comparação, para 329,9 milhões de reais.

A megaloja surge com um novo visual se comparada às demais operações da empresa. Os “provadores inteligentes” permitem, com auxílio de uma tela interativa, que os clientes solicitem outras peças sem sair do provador. O modelo já é testado por outras varejistas, como a Riachuelo. Fora isso, o espaço conta com uma pista de testes, que são esteiras conectadas a telas que simulam circuitos de rua mundo afora, aproveitando o volume de pessoas que usam a Avenida Paulista para praticar exercícios. Pensando nesse público, a loja também disponibilizará serviços para ciclistas. “Tem um espaço em que o cliente pode montar ou consertar sua bicicleta dentro da loja”, afirma Marasco. Por meio de totens com tablets é possível fazer o pedido na loja para receber em casa. A ideia é que alguns desses serviços sejam implementados nas novas lojas a serem inauguradas pela rede. Apesar de estar funcionando desde o fim de setembro, o lançamento oficial da operação se dará nesta quinta-feira, 5, às 20h.

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