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Política monetária ficaria comprometida, diz Mantega

Por Da Redação
3 Maio 2012, 19h26

Por Eduardo Cucolo, Adriana Fernandes, Renata Veríssimo e Eduardo Rodrigues

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a mudança na poupança é necessária porque o Brasil enfrenta um novo cenário em que as taxas de juros estão caindo, aqui e no exterior. Desta forma, as demais aplicações, como títulos do Tesouro Nacional, fundos de renda fixa e DI, entre outros, vão se tornando menos rentáveis que a poupança. “Pode ter uma migração para a poupança. Hoje, a maioria dos poupadores são pequenos e médios, e teríamos uma invasão da poupança por grandes investidores”, afirmou.

Segundo o ministro, nesse caso, o Tesouro Nacional, para poder manter os aplicadores, teria de subir a taxa de juros. Os fundos dos bancos privados também teriam de subir as taxa de aplicação.

“Então o Banco Central não teria uma ação eficaz, ficaria com a política monetária comprometida”, disse. “Criando um piso para a redução da taxa de juros, que inviabilizaria a redução dos juros no Brasil. Se mantivermos a regra atual, a poupança se tornará obstáculo para a queda da Selic.” E acrescentou: “Para que possamos baixar o custo financeiro e o custo para o crédito, temos que destravar esse sistema, fazendo a alteração na poupança para ela não ser um limitador para a queda da Selic.”

Mantega disse ainda que a retirada desse obstáculo permitirá à autoridade monetária baixar os juros “quando as condições forem favoráveis”. “A queda na Selic trará benefícios para a sociedade e para a economia brasileira, que está em momento importante. E para isso precisamos continuar reformas que estamos fazendo”, afirmou.

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“As taxa de juros hoje são muito elevadas para pessoa física e pequenos e médios empresários. O acesso a esses produtos (de crédito) movimenta a economia brasileira e traz um PIB maior”, completou.

Segundo ele, porém, a alteração na remuneração das cadernetas ainda não terá efeito, porque a Selic está em 9% ao ano. “No momento, não há mudança nem na velha e nem da nova poupança”, ressaltou. “Todas continuarão tendo o mesmo rendimento, e a mudança só virá quando o BC decidir reduzir a Selic”, acrescentou.

Ele disse ainda que a remuneração média auferida pela poupança nos últimos anos esteve abaixo de 65% da Selic. “Estamos pegando como base a Selic. Daí que vem os 70%. A nova poupança ficará sendo uma boa aplicação. A velha já era excelente aplicação”, afirmou.

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