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Polêmica na Espanha pelas condições da ajuda europeia aos bancos

Por Dani Pozo
13 jun 2012, 15h27

As condições de empréstimo da zona do euro aos bancos espanhóis têm provocado nesta quarta-feira pedidos de explicação por parte da oposição ao governo e a seu presidente, Mariano Rajoy, que continua insistindo que só o setor financeiro será afetado por estas medidas.

“Repita comigo: res-ga-te. Resgate limitado, resgate financeiro, resgate ligth, resgate maravilha, mas resgate”, disse a porta-voz do partido União, Progresso e Democracia (UPyD), Rosa Díez, dirigindo-se ao conservador Mariano Rajoy no Congresso dos Deputados.

“Sabemos que serão impostas condições estritas que afetarão as pensões, o mercado de trabalho e os impostos indiretos”, afirmou o ex-ministro socialista de Trabalho, Valeriano Gómez.

“Os cidadãos querem saber se, de verdade, não haverá mais sacrifícios em troca dos resgates das entidades financeiras”, disse a deputada socialista Inmaculada Rodríguez Piñero, tocando um tema muito sensível no país, que está submetido há vários anos, a uma severa austeridade.

O ministro de Economia, Luis de Guindos, respondeu que “não haverá condições adicionais de política fiscal nem de reformas estruturais” na ajuda europeia, concedida por um máximo de 100 bilhões de euros.

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“As condições serão específicas para o setor” bancário e “a ajuda não será vinculada a nenhum programa de ajuste macroeconômico”, disse o ministro.

“Não haverá novas recomendações além daquelas que a Comissão manifestou em sua previsão de déficit de 30 de maio, sobre as quais o Ecofin e o Conselho Europeu se pronunciarão em breve”, explicou De Guindos.

O porta-voz do comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, Amadeo Altafaj, recordou na segunda-feira estas recomendações, apesar de elas não figurarem no acordo concluído no sábado pelo Eurogrupo com a Espanha: “Os impostos indiretos, como o IVA, e também as taxas ecológicas, assim como os impostos sobre as grandes fortunas são vias que terão que ser consideradas”.

“O que haverá serão condições para facilitar a reestruturação do setor bancário, condições que terão que ser cumpridas pelas entidades que receberem ajudas”, afirmou De Guindos.

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“É um crédito aos bancos que vai ser pago pelos próprios bancos e devemos comemorar o fato de nossos sócios europeus terem nos ajudado”, insistiu Rajoy, declarando-se “muito satisfeito” pela ajuda. “A Espanha não teria nesse momento esses 100 bilhões e, como se sabe, não poderia emitir dívida pública” aos tipos atuais de mercado, completou.

As condições de empréstimo acordado aos bancos espanhóis estão no centro da polêmica há vários dias. Na segunda-feira, o vice-presidente da Comissão Europeia, Joaquín Almunia, afirmou que “haverá condições”, que serão definidas em breve.

Apesar das polêmicas, o IBEX 35 da Bolsa de Madri subiu 1,42% nesta sessão e fechou aos 6.615,3 pontos, com alta dos bancos, após fortes quedas em sessões anteriores. O mercado aguarda agora as eleições de domingo na Grécia, que podem definir o futuro do país no euro, enquanto concentra as atenções também na Itália, com rumores de que o país pode ser o próximo a receber ajuda da Eurozona.

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