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PMI industrial brasileiro em julho atingiu a maior alta em cinco meses

Escassez de matéria prima e baixa cotação do real pressionaram ainda mais a inflação e consultoria aponta que Banco Central deve continuar a subir a Selic

Por Luisa Purchio Atualizado em 2 ago 2021, 17h58 - Publicado em 2 ago 2021, 17h55

Na esteira da reabertura econômica com a vacinação da população brasileira, dados divulgados na tarde desta segunda-feira, 2, pela consultoria IHS Markit apontaram que em julho o PMI brasileiro atingiu a maior alta em cinco meses. Com 56,7 em julho, ante 56,4 no mês anterior, o Índice Gerente de Compras do setor industrial ficou acima da média do longo prazo, apontando uma alta significativa do setor.

Este é o terceiro mês consecutivo de alta, após uma queda significativa que ocorreu no mês de março devido a lockdowns em cidades brasileiras. O PMI é uma média ponderada dos índices de Novos Pedidos (30%), Produção (25%), Emprego (20%), Prazo de Entrega dos Fornecedores (15%) e Estoques de Insumos (10%). Em julho, a área de bens de produção foi a que apresentou o melhor desempenho.

“Os fabricantes desfrutaram de um aumento robusto nas vendas durante o mês de julho, o que fundamentou um crescimento
mais rápido da produção. Além do mais, a força da demanda e as crenças de que tal tendência será sustentada encorajaram as
empresas a aumentar seus estoques. Os estoques de insumos e o índice de produção aumentaram a níveis sem precedentes”, disse em nota Pollyanna De Lima, Diretora Associada de Economia da IHS Markit.

Pressão sobre os preços

Com a recuperação do setor e o aumento da demanda por novos negócios, a indústria continuou com as contratações e aumentou a compra de insumos e os volumes de produção. Para se ter ideia, a pesquisa apontou que o índice de estoque de bens finais aumentou pelo quarto mês consecutivo, na velocidade mais rápida da história da pesquisa, que tem mais de quinze anos.

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Apesar dos dados positivos, seus efeitos colaterais não passaram despercebidos pela pesquisa. A escassez internacional de matérias-primas, somada à desvalorização do real ante ao dólar, pressionou os custos de insumo de produção, pressionando ainda mais a inflação.

Nas vésperas da decisão do Copom, que é esperada com ansiedade pelo mercado, a consultoria apontou que o Comitê deve continuar elevando a taxa básica de juros do país. “Tendo elevado a taxa básica da Selic três vezes até agora este ano para conter a inflação, o banco central deve continuar com sua postura restritiva em meio a tentativas de cumprir sua meta de inflação”, disse De Lima.

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