Pimentel: Brasil não tem déficit no fluxo comercial
Apesar do número de exportações ter sofrido queda, ministro afirmou que o superávit dos últimos meses é de 10 bilhões de reais
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta terça-feira que o Brasil não está com saldo negativo no fluxo comercial, mesmo registrando déficits comerciais recordes em abril e nos quatro primeiros meses de 2013. De acordo com Pimentel, no acumulado dos últimos 12 meses, o superávit é de quase 10 bilhões de reais. Ele relatou que de janeiro a abril de 2012, em comparação ao mesmo período deste ano, as exportações caíram de 74,6 bilhões para 71,4 bilhões de reais, causando impacto nas contas.
“Perdemos 3 bilhões de reais por causa da conta-petróleo. A queda nas exportações de petróleo ocorreu por manutenção preventiva da Petrobras e a produção volta ao normal a partir de junho e julho”, justificou Pimentel, que participa de um seminário em São Paulo. Já as importações saltaram de 6 bilhões para 77,6 bilhões de reais, puxadas por bens de capital, matérias primas e insumos intermediários. “Quando o país se prepara para crescer, a primeira coisa que aumenta são essas importações”, disse. “Outra metade no crescimento das importações é formada pelos combustíveis e lubrificantes, que não compensaram a queda nas exportações de petróleo”, disse.
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Pimentel afirmou que a balança comercial brasileira já registra superávit na primeira semana de maio, e que ela começará a se equilibrar a partir deste mês, chegando ao final de maio com um saldo positivo. “Vamos nos recuperar e fechar o ano com dados positivos. O que houve foi um percalço temporário”, afirmou o ministro.
Questionado sobre a questão do dólar desvalorizado, o ministro brincou e lembrou que o Brasil tem modelo de câmbio flutuante, o que não quer dizer que governo não seja vigilante. Ele ainda mencionou a flutuação do dólar e completou: “Não quero dizer que o governo deva intervir mais ou menos, mas quem sabe alguma ajuda possa ser útil.” Pimentel também reiterou que o governo reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para abaixo de dois dígitos e ao menor nível já registrado, mas que, se a Selic “precisar subir, vai subir” como medida para controlar a inflação.
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