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PIB chinês e dúvidas sobre Levy levam dólar a R$ 3,90

Moeda americana opera em alta de 1% no primeiro pregão da semana; mercado também está apreensivo com as discussões sobre impeachment, que devem deixar de lado o ajuste fiscal

Por Da Redação
19 out 2015, 10h33

O dólar opera em alta nesta segunda-feira, com o mercado ainda agitado com as incertezas sobre a permanência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e após a divulgação dos dados do PIB chinês do terceiro trimestre, que vieram com o pior resultado desde 2009. Por volta das 11 horas, a divisa americana subia 1% e era negociada a 3,91 reais.

Minutos antes do fechamento do mercado na sexta-feira, Levy teria preparado uma carta de demissão, conforme foi revelado pelo Radar On-line, levando a moeda a fechar a quase 2%. No dia seguinte, em uma entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o ministro deveria deixar a pasta se não mudasse a política econômica. Na Suécia, a presidente Dilma Rousseff contestou a fala de Falcão, dizendo que ela não expressava a opinião do governo e que “ele fica no cargo”.

“Nessa de ‘fica Levy, sai Levy’, a verdade que permanece é a de que o país está parado, a mercê de interesses políticos, com desemprego, contração da economia, inflação alta e com a grande possibilidade de perdermos (de novo) o selo de bom pagador ainda neste ano, se o ajuste fiscal não evoluir”, escreveu, em nota a clientes, o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.

Para muitos analistas, a situação de Levy, constantemente alvejado pelo “fogo amigo”, está ficando insustentável. “Dilma não deve ceder às pressões de Lula e do PT para mudar o curso da economia, mas o ministro Levy não deve continuar no cargo além do início de 2016”, avalia a consultoria Eurasia Group. “Isso, combinado com o fato de que o Congresso irá focar mais na política de impeachment do que de reformas fiscais, sugere que a crise deve se aprofundar nos próximos dois meses”, acrescenta.

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“O mercado entendeu essa novela como: o Levy não sai nesta semana, mas o futuro mais distante é uma incógnita”, disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato. Atritos entre o Congresso e o Palácio do Planalto e incertezas sobre eventual processo de impeachment contra Dilma também vêm injetando volatilidade no mercado brasileiro de câmbio.

Nos mercados externos, o dólar ganhava terreno em relação às principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, influenciado pelos novos dados do PIB chinês, que teve alta de 6,9% no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano anterior. O resultado veio aquém dos 7,0% registrados nos dois primeiros trimestres do ano e é a primeira vez que fica abaixo dos 7% desde 2009. Mesmo assim, superou a previsão dos analistas, de expansão de 6,8%. Na comparação com o trimestre anterior, o crescimento chinês foi de 1,8%, expansão mais forte do que a registrada entre abril e junho (1,7%). Já a produção industrial cresceu 5,7% em setembro, ante projeção de 5,9%, enquanto as vendas de moradias avançaram 15,6%, uma forte desaceleração em relação à expansão de 31,5% no mês anterior.

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(Com agências)

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