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PIB brasileiro não acelera e cresce apenas 0,2% no 1o tri–IBGE

Por Da Redação
1 jun 2012, 09h48

RIO DE JANEIRO, 1 Jun (Reuters) – A economia brasileira começou o ano sem acelerar, como queria o governo, com resultado abaixo do esperado pela equipe econômica e pelo mercado. No primeiro trimestre deste ano, o PIB do país cresceu apenas 0,2 por cento quando comparado com o quarto trimestre de 2011.

Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, em relação ao mesmo período do ano passado, o Produto Interno Bruto registrou expansão de 0,8 por cento no último trimestre.

O IBGE revisou para baixo a expansão do PIB no quarto trimestre de 2011 sobre o terceiro, de 0,3 para 0,2 por cento, mas apesar disso manteve a expansão de todo o ano passado em 2,7 por cento.

Os setores que contribuíram para o resultado positivo no trimestre passado foram indústria, com expansão de 1,7 por cento sobre outubro-dezembro de 2011, e serviços, com alta de 0,6 por cento. O setor agropecuário, no entanto, teve um tombo de 7,3 por cento.

O bom desempenho da indústria veio porque, para o resultado do PIB, o IBGE considera o valor adicionado pelo setor no período. Já para o indicador de produção industrial, que vem apresentando quedas, o instituto faz seus cálculos com base no volume produzido.

O IBGE informou ainda nesta sexta-feira que a formação bruta de capital fixo (FBCF) -uma medida de investimento- recuou 1,8 por cento no trimestre passado, ante o quarto trimestre de 2011. A taxa de investimento em relação ao PIB ficou em 18,7 por cento, enquanto um ano antes ela estava em 19,5 por cento.

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O consumo do governo, por outro lado, cresceu 1,5 por cento, enquanto o das famílias, 1,0 por cento.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o consumo das famílias aumentou 2,5 por cento e o do governo 3,4 por cento. Já a FBCF caiu 2,1 por cento nessa comparação.

O desempenho dos setores nesta comparação, mostrou crescimento de 1,6 por cento nos serviços e de apenas 0,1 por cento da indústria, enquanto a agropecuária despencou 8,5 por cento.

DIFICULDADES

A economia titubeante tem sido o calcanhar de Aquiles do governo Dilma Rousseff neste início de ano sobretudo devido ao desempenho da indústria. Afetada pela crise internacional mais aguda e pela desaceleração do crédito no mercado interno, a atividade ainda mostrou sinais de cansaço nesses primeiros meses.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia afirmado à Reuters que o PIB brasileiro teria crescido entre 0,3 e 0,5 por cento no trimestre passado, quando comparado com outubro e dezembro passados, e que a atividade já estava acelerando. Nenhuma das duas previsões se confirmou.

Segundo pesquisa da Reuters, a mediana de previsões de 29 analistas mostrava que o PIB brasileiro teria crescido 0,5 por cento no primeiro trimestre de 2012 ante o período anterior. Sobre janeiro a março de 2011, as contas apontavam expansão de 1,3 por cento, pela mediana de 25 previsões.

Na véspera, o IBGE informou que a produção industrial do país caiu 0,2 por cento em abril frente a março, a segunda queda seguida e a terceira variação negativa mensal no ano. Na comparação com abril de 2011, a produção diminuiu 2,9 por cento, oitava contração seguida.

Por conta disso, o governo tem adotado diversas medidas de estímulos, como a redução da Selic ao menor nível histórico -de 8,50 por cento ao ano-, desonerações fiscais e liberação de mais crédito.

A última ação foi definida na quinta-feira, quando o governo elevou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), entre outros, de motos importadas ou que não sejam produzidas na Zona Franca de Manaus para proteger os fabricantes no país.

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(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Diogo Ferreira Gomes)

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