Por Clarissa Mangueira
Paris – A Peugeot Citroën anunciou que cortará 800 milhões de euros em gastos em 2012, a ser dividido igualmente entre reduções de custos fixos e custos de compras, além de um plano de redução de custos de 3 anos de 3,3 bilhões de euros, que já está sendo executado.
A montadora também emitiu alerta sobre seu lucro neste ano, culpando a guerra de preços na Europa, perdas de produção devido a problemas com a cadeia de suprimentos e custos gerados pelo tsunami ocorrido no Japão em março, bem como o aumento dos preços das matérias-primas.
A montadora afirmou que tem por meta cortar 2.500 empregos fora do setor manufatureiro e que outros 1.000 operários também poderão ser afetados. Além disso, a Peugeot não está renovando alguns dos seus contratos de serviços terceirizados, e isso poderia atingir mais 2.500 empregados, embora algumas dessas posições possam ser preenchidas por funcionários da montadora.
A montadora afirmou que agora espera que o lucro operacional da divisão de automóveis será igual a zero, em comparação com a projeção anterior de um aumento. O fluxo de caixa livre para o ano cheio será negativo, em comparação com a projeção anterior de próximo a neutro.
A companhia também reportou uma alta de 3,5% na receita do grupo no terceiro trimestre, para 13,45 bilhões de euros, de uma receita 12,99 bilhões de euros no mesmo período do ano passado.
No entanto, a receita da divisão de automóveis, a principal da companhia, recuou 1,6% no terceiro trimestre, refletindo uma perda de produção de 45 mil carros devido a uma dificuldade para obter elementos de fixação do fornecedor italiano Agrati. O diretor financeiro da montadora, Frederic Saint-Geours, disse que as vendas perdidas por causa da Agrati representam um impacto negativo de cerca de 130 milhões de euros.
A montadora também registrou uma perda de produção de 25 mil veículos no início do ano, quando a oferta de algumas peças eletrônicas de motor foi afetada pelo tsunami no Japão. As vendas totais da companhia recuaram 2,5% no terceiro trimestre e, excluindo a China, a queda dos volumes de veículos montados foi de 6,8%. As flutuações cambiais cortaram 1,5% da receita no terceiro trimestre. As informações são da Dow Jones.