Por Ricardo Gozzi
Nova York – Os contratos futuros de petróleo fecharam hoje em ligeira queda depois de quatro sessões seguidas de alta, mas mantiveram-se acima dos US$ 100 em meio às persistentes preocupações com relação à economia global e à demanda pela commodity.
Diante da elevação dos pedidos de auxílio-desemprego na semana, traders interromperam uma sequência que fez o petróleo subir 4,4% em poucos dias. Analistas também observaram que a incapacidade do mercado norte-americano de ações de manter-se em terreno positivo depois da alta de ontem levou à realização de lucros nos futuros de petróleo durante toda a sessão.
O mercado também ficou de lado para avaliar o impacto de uma inesperada elevação nos estoques de petróleo e destilados na semana passada ante um cenário de preocupação em relação à crise da dívida soberana na zona do euro.
Kyle Cooper, da IAF Energy Advisors, observou que a ação coordenada de grandes bancos centrais para dar liquidez aos mercados globais ontem também serviu para expor a fragilidade da situação. “A perspectiva de crescimento é realmente ruim” na Europa, disse ele. “Certamente ela vai precisar de muita ajuda para evitar um derretimento ainda maior do sistema financeiro”, avaliou.
O petróleo para entrega em janeiro fechou hoje em queda de US$ 0,16 (0,16%) na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), a US$ 100,20 por barril. Na plataforma eletrônica ICE, o Brent para janeiro caiu US$ 1,53 (1,38%), encerrando a US$ 108,99 por barril.
O spread entre o petróleo negociado na Nymex e o Brent caiu hoje a US$ 8,79 por barril, o menor desde 8 de março. Segundo traders, o Brent está sob pressão da recuperação mais rápida que a esperada da produção de petróleo da Líbia. Durante a guerra deste ano no país africano, a demanda pelo Brent levou o spread a quase US$ 28 por barril. As informações são da Dow Jones.