Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira em Nova York, perto dos 100 dólares o barril, em um mercado dinamizado por indicadores de consumo e de atividade industrial melhores que o previsto nos Estados Unidos, que ofuscaram a crise da dívida europeia.
No New York Mercantile Exchange, o barril de West Texas Intermediate (designação de “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em dezembro fechou em 99,37 dólares, em alta de 1,23 dólar em relação a segunda-feira.
No final do pregão os preços do WTI alcançaram 99,84 dólares, seu nível mais alto desde o fim de julho, a poucos centavos da barreira psicológica dos 100 dólares.
“Penso que o mercado se manterá volátil e agitado, mas estamos tão perto que parece possível que atinja [essa marca] esta semana”, afirmou Matt Smith, da Summit Energy (grupo Schneider Electric).
“Isso não quer dizer que haja razões econômicas suficientes para que o barril se mantenha em alta, mas estamos tão perto que toda informação positiva poderá nos levar a um preço de três dígitos”, completou.
Segundo o analista, os preços, que estiveram sob pressão no início do dia, inverteram a tendência devido à publicação de indicadores melhores que o previsto nos Estados Unidos, maior consumidor mundial de petróleo.
As vendas varejistas subiram 0,5% em outubro, o que mostra uma desaceleração, mas um aumento levemente acima das previsões. Na região de Nova York, a atividade manufatureira se estabilizou depois de cinco meses em baixa, segundo o índice Empire State de novembro, passando surpreendentemente para o terreno positivo.
O mercado de petróleo mostrou-se “bastante firme, levando em conta a evolução dos outros mercados”, afirmou Matt Smith, destacando que “o que acontece na Europa deu uma tonalidade amarca” às praças financeiras.
O euro e as bolsas europeias caíram depois da emissão da dívida na Espanha, que não conseguiu a meta de captar 3,5 bilhões de euros apesar de pagar taxas superiores a 5% por títulos com vencimento de 12 e 18 meses.