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Petroleiros paulistas fazem greve contra leilão de Libra

Foram movidas 22 ações para impedir a realização do primeiro pregão do pré-sal, mas 14 já foram indeferidas pela Justiça

Por Da Redação
19 out 2013, 16h00

Os petroleiros do litoral paulista decidiram entrar em greve contra o leilão do campo de Libra, o primeiro a ser licitado no pré-sal brasileiro. A decisão foi tomada durante a assembleia realizada na noite de sexta-feira, quando duas questões foram colocadas em votação: manutenção dos atrasos na chegada ao trabalho ou a paralisação. Segundo o Sindicato, votaram a favor dos atrasos 43 trabalhadores. A greve por tempo indeterminado teve a adesão de 113 sindicalistas.

Os grevistas vão avaliar se permanecerão sem trabalhar no final da próxima terça-feira, em nova assembleia. “Até lá, a categoria estará de braços cruzados. É greve pra valer”, informa sindicato, através de nota. O leilão de Libra será na próxima segunda-feira, em um hotel na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Para o mesmo dia e local, está marcado um protesto contra o pregão. Para evitar confusão, o Exército, a Força Nacional de Segurança, a guarda municipal e as polícias militar e civil atuarão no patrulhamento e isolamento da área. Até mesmo um trecho da areia deverá ser interditado aos banhistas.

Segurança do leilão do pré-sal fechará parte da praia da Barra da Tijuca

Leilão de Libra pode ter participação de só um consórcio

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista chamam o leilão de “crime de lesa-pátria”. “Se o governo quer nos derrotar com o Exército, temos em nossas mãos – ao lado da juventude e dos demais trabalhadores nas ruas – a capacidade de parar a maior companhia do país”, diz a nota. No Rio, os black blocs têm aderido a todos os protestos – com consentimento das diversas categorias – e promovido o vandalismo pelas ruas da cidade. Ao site de VEJA, a Federação Nacional de Petroleiros (FUP) disse respeitar o grupo. “Nós não temos nada contra os black blocs. Respeitamos a posição deles. Não são aliados permanentes nossos”, disse o coordenador geral da FUP, João Antônio de Moraes.

Bacia de Campos – O número de plataformas em greve na Bacia de Campos subiu para 40 com a adesão dos petroleiros do Campo de Pargo. Há 21 plataformas sendo operadas por equipes de contingência da Petrobras.

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De acordo com Moraes, a paralisação na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, também está com a troca de turno suspensa. Mas o abastecimento de gasolina e diesel para os postos de combustíveis não está prejudicado, porque os dutos da refinaria distribuem os derivados de petróleo direto para os tanques das distribuidoras. O mesmo acontece com o gás distribuído pela Companhia de Gás (CEG), que também recebe o produto direto por dutos.

Justiça – O balanço mais recente do governo informa que a Justiça se manifestou de forma favorável ao leilão do campo de Libra em 14 das 22 ações movidas para tentar impedir o pregão.

De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), das 22 ações que estão sob análise, sete correm no estado do Rio de Janeiro; outras sete, em São Paulo; duas no Distrito Federal; duas no Rio Grande do Sul, duas no Paraná, uma em Pernambuco e uma na Bahia. Oito delas, que também pedem a suspensão da operação, ainda não chegaram a um desfecho. O monitoramento da AGU continuará a ser feito ao longo deste sábado.

Entre as alegações de quem é contra o leilão está o temor de que haverá transferência do poder de controle da produção nacional de petróleo para empresas estrangeiras. Uma das ações foi protocolada pelo ex-diretor de Gás e Energia da Petrobrás Ildo Sauer e pelo advogado Fábio Konder Comparato. Segundo Sauer, a ação mostra que há ilegalidades técnicas e ameaça à soberania nacional na realização do leilão, na segunda-feira. De acordo com Sauer, o modelo de partilha pode levar o governo a deixar de ganhar de 176,8 bilhões de reais a 331,3 bilhões.

Outra ação foi proposta pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e pelo ex-presidente do BNDES Carlos Lessa, junto com outras quatro pessoas. Eles também alegam que a operação “contraria o interesse nacional”. “Foi para isso que apoiamos a presidente Dilma Rousseff?”, indaga o senador, em uma gravação postada em sua página na internet.

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(Com Estadão Conteúdo)

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