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Petrobras vê mais importação de derivados neste ano

Com capacidade de refino no limite e álcool caro, a saída da estatal é importar

Por Da Redação
26 jul 2011, 19h02

As importações de derivados de petróleo pela Petrobras deverão crescer quase 10% em 2011 em relação a 2010 – indicando o que pode acontecer nos próximos anos diante da demanda crescente do mercado interno, enquanto as refinarias planejadas pela estatal não entram em operação.

Segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, as compras externas de derivados de petróleo vão crescer de 299 mil barris diários em 2010 para 328 mil barris/dia em 2011. “Importação depende da demanda… Se a demanda crescer, tem que alguém importar”, afirmou Gabrielli durante apresentação do Plano de Negócios da companhia para o período 2011-2015. “Nós temos um estrangulamento físico na capacidade de crescer a produção de gasolina, porque o parque de refino está no limite da capacidade”, complementou.

Neste mês, a Petrobras informou ter elevado a produção de gasolina em pouco mais de 10% ante o mesmo mês do ano passado, otimizando operações nas refinarias. Mas esse ganho de produção tem limites para atender ao forte consumo, ainda mais agora que a produção de etanol está projetada para cair no país neste ano — o consumidor que encontra o álcool hidratado mais caro na bomba opta pela gasolina.

Gabrielli informou que a empresa sempre olha um mês adiante no que se refere a abastecimento, e por isso não há chance de faltar o combustível fóssil. “Leva 30, 40 dias para entrar um navio aqui (com a gasolina importada)”, comentou, admitindo, entretanto, que a importação acarreta maiores custos logísticos para a empresa.

Déficit – Ele disse também durante evento no Rio que, sem as novas refinarias planejadas pela companhia, o déficit de oferta de derivados no Brasil subiria de 5% atualmente para 40% em 2020. Por isso, a Petrobras vai construir mais quatro refinarias após décadas sem novas unidades, que vão elevar o atual parque de refino de 1,8 milhão de barris/dia para 3,2 milhões de b/d em 2020. A demanda de petróleo brasileira projetada em 2020 seria de 3 a 3,3 milhões de b/d, dependendo do cenário. A previsão é de que até 2015 entre em operação a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O Comperj e as outras devem operar até 2019.

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Preços – O presidente da Petrobras voltou a afirmar que “em algum momento” a estatal vai reajustar os combustíveis cujos preços são controlados — gasolina, diesel e GLP –, mas que não há como prever quando isso será feito. O último aumento da gasolina e do diesel foi em maio de 2008 e, do GLP, em janeiro de 2010. “Desde 2003 nós viemos acompanhando o preço internacional no longo prazo e continuaremos acompanhando no longo prazo”, afirmou o executivo, que só praticará o ajuste quando o preço do petróleo se estabilizar.

Nas últimas semanas, o petróleo, tanto o Brent como o negociado em Nova York (Nymex), tem oscilado entre pequenas altas e baixas em torno dos 118 e 100 dólares, respectivamente. As afirmações foram feitas durante e após a apresentação do Plano de Negócios da companhia para o período 2011-2015 a investidores e representantes da indústria. O empresa prevê investir 224,7 bilhões de dólares em cinco anos.

Desinvestimento – Pela primeira vez, o plano da companhia foi atrelado a desinvestimentos, da ordem de 13,6 bilhões de dólares, mas os ativos que serão alienados ainda não foram anunciados. Gabrielli descartou, porém, qualquer alienação na cobiçada área do pré-sal. “Vamos vender alguns ativos que tenham valor, outros de boa expectativa exploratória, o pré-sal não está nessa história”, respondeu a jornalistas antes de seguir para São Paulo onde fará uma nova apresentação do plano na quarta-feira.

(com Reuters)

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